Salvaguardas Tecnológicos

Acordo de Alcântara deve favorecer desenvolvimento

Expectativa é do presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Nos últimos 20 anos, sem acordo, Brasil teria perdido R$ 15 bilhões
Nos últimos 20 anos, sem acordo, Brasil teria perdido R$ 15 bilhões (acordo espacial)

Aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicos (AST) que permite o uso comercial da Base de Alcântara, no Maranhão, abre perspectiva de inserção do Brasil no mercado internacional de lançamento de foguetes. A avaliação é do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura.

Segundo ele, a proposta retoma a ideia original da década de 1980, quando Alcântara foi escolhida para ser o principal centro de lançamento brasileiro. “O plano diretor já previa que nós teríamos espaço para o nosso programa espacial interno autônomo e para outras aplicações que poderiam ser utilizadas por programas mais avançados”, lembrou.

O acordo de cooperação entre Brasil e EUA prevê que a base espacial seja explorada pelo país norte-americano e países que utilizem tecnologia americana. Com isso, o Brasil receberá uma compensação financeira pelo uso do espaço. O interesse americano se dá por conta da localização privilegiada, na Linha do Equador, que reduz o consumo de combustível e tornando os lançamentos de foguetes mais baratos.

“Se o país tem um espaço tão importante quanto Alcântara, temos que fazer o melhor uso possível daquilo e aproveitar todos os recursos que já investimos naquela região”, completou Moura. Estimativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MTIC) indica que, nos últimos 20 anos, o Brasil perdeu aproximadamente R$ 15 bilhões por não ter fechado acordo comercial da Base de Alcântara.

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