Ciência e tecnologia

UFMA vai implantar núcleo científico e tecnológico em Alcântara

Anúncio foi feito pelo reitor da instituição; previsão é que o Centro Espacial de Alcântara realize primeiro lançamento até o início de 2022

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Natalino Salgado na reunião da Comissão de Desenvolvimento Integrado para o Centro Espacial de Alcântara
Natalino Salgado na reunião da Comissão de Desenvolvimento Integrado para o Centro Espacial de Alcântara (Reunião UFMA / Alcântara)

São Luís – No último dia 4 de maio, Natalino Salgado, o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), participou, junto ao pró-reitor da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (AGEUFMA), Fernando Carvalho, da reunião da Comissão de Desenvolvimento Integrado para o Centro Espacial de Alcântara (CDI-CEA) sob a presidência do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Cézar Pontes. Nessa solenidade, a UFMA apresentou o projeto Núcleo Interdisciplinar Científico e Tecnológico de Alcântara (NICTA), que tem como intuito promover estudo científico dentro da Base de Alcântara.

A implantação desse anexo de pesquisa é uma das ações apresentadas pela universidade, ações essas que serão no programa coordenado pelo Ministério. O núcleo será sediado no prédio da Base Institucional de Alcântara. O local dará apoio a todas as atividades de ensino, extensão, pesquisa e inovação das mais diversas áreas de conhecimento, atuando de forma multidisciplinar com o apoio de equipes de técnicos altamente qualificados.

Empresas

O Brasil deve começar a lançar pequenos orbitais, a partir da Base de Alcântara, no Maranhão, pelo menos, até o início de 2022. As empresas C6 Launch, Hyperion, Orion AST e Virgin Orbit foram anunciadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e Agência Espacial Brasileira (AEB), no início da noite do último dia 28 de abril, como as primeiras empresas a firmar contrato para desenvolver produtos e tecnologias no Centro Espacial de Alcântara (CEA). A cerimônia de anúncio ocorreu na Base Aérea de Brasília, com presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que não falou no ato; do presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Augusto Teixeira de Moura, ministros, parlamentares e integrantes das Forças Armadas.

Cada uma das quatro empresas selecionadas será responsável por operar uma unidade do CEA. A Hyperion, dos Estados Unidos (EUA), vai operar o sistema de plataforma VLS. A Orion Ast, também norte-americana, ficará responsável por atuar no lançador suborbital. A canadense C6 Launch foi escolhida para operar a Área do Perfilador, que também é um ponto de lançamento; e a Virgin Orbit, outra empresa dos EUA, atuará no aeroporto de Alcântara, que faz parte da base.

A seleção das companhias pela Aeronáutica foi definida por edital elaborado pela Agência Espacial Brasileira, autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O Chamamento Público foi lançado em 2020 para identificar empresas, nacionais e internacionais, que tivessem interesse em realizar operações de lançamentos de veículos espaciais não militares, orbitais e suborbitais, a partir de Alcântara. Esses são os primeiros acordos selados com a iniciativa privada para o uso compartilhado do centro.

SAIBA MAIS

Segundo edital

Um outro edital de parceria privada para atuação em Alcântara, lançado no último dia 16 de abril, vai selecionar empresas para atuar na Área 4 do Centro Espacial. Segundo o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Batista Júnior, a operacionalização da Base de Alcântara vai ter impactos positivos no desenvolvimento do programa espacial brasileiro.

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