O deputado estadual Zé Inácio (PT) defendeu o lançamento de uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores (PT) para a Prefeitura de São Luís, após a divulgação do resultado da pesquisa de intenções de votos Escutec/O Estado, na edição especial do último fim de semana.
Em seu perfil, em rede social, o parlamentar afirmou ter analisado os dados da pesquisa, o que o fez chegar à conclusão da necessidade de o PT voltar a ter protagonismo na disputa eleitoral no estado.
“Analisando pesquisa Escutec/O Estado, chego à seguinte conclusão: sucessão em SL [sic] completamente indefinida e aberta; na espontânea, um candidato isolado acima de 20% e nenhum outro acima de 3%; nenhum dos 14 nomes da estimulada ultrapassa 10%, nomes já na disputa há vários meses”, disse.
Para Zé Inácio, o eleitorado do PT ainda dispõe de representatividade na capital, o que potencializa uma eventual candidatura própria do partido.
“É o momento do PT apresentar candidatura própria. Várias pesquisas têm apontado que mais de 50% da população de São Luís reconhece o legado do PT e a força de Lula”, completou.
Apesar de defender projeto próprio do partido para as eleições, Zé Inácio não apontou nomes da sigla para a disputa.
Sem protagonismo
No pleito de 2016, o PT somente chegou a um consenso a respeito de sua posição nos meses que antecederam o pleito.
Na ocasião, a sigla optou por abrir mão de candidato próprio, para integrar a coligação “Pra Seguir em Frente”, do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), reeleito.
Em 2012, a sigla chegou a lançar candidatura própria, - a última para o comando do Executivo na capital -, com a chapa Washington Luiz (PT) e Afonso Manoel (MDB), pela coligação “Juntos por São Luís”, mas terminou o pleito apenas na quarta colocação, com apenas 11,02% dos votos válidos, atrás de Eliziane Gama (na época no PPS), João Castelo (PSDB) e Edivaldo.
Cenário
Na atual conjuntura para a eleição de São Luís, sem qualquer nome vinculado ao PT, o deputado federal Eduardo Braide (sem partido) é quem aparece na liderança das intenções de votos em todos os cenários desenhados.
Pela oposição a Edivaldo, os nomes mais bem posicionados, segundo a pesquisa Escutec, são os deputados estaduais Wellington do Curso (PSDB) e Adriano Sarney (PV).
Já pelo grupo do governista, estão os deputados estaduais Duarte Júnior (PCdoB), Neto Evangelista (DEM); o deputado federal Bira do Pindaré (PSB); o secretário de Estado Rubens Pereira Júnior (PCdoB); o apresentador Jeisael Marx, além de o presidente da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho (PDT).
Prefeito ainda não conseguiu consolidar nome para sucessão
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), dono de dois mandatos no comando da Prefeitura de São Luís, não conseguiu construir um nome para a sua sucessão no Palácio La Ravardière.
Esse aspecto chegou a ser avaliado pela pesquisa Escutec, que analisou junto ao eleitorado a influência exata do pedetista para o pleito do próximo ano.
O instituto perguntou se o eleitor votaria ou não em um candidato apoiado pelo atual prefeito. Apenas 12,7% dos entrevistados disseram que votariam “com certeza” nesse eventual candidato.
Outros 25,5% declararam que “poderiam votar”; 9,1% disseram ser indiferentes e a maioria absoluta, 50,2% dos eleitores, afirmaram não votar “de jeito algum” no candidato apoiado por Edivaldo Júnior. Não souberam ou não responderam, outros 2,5%.
O PDT, partido de Edivaldo, já tem um pré-candidato definido: trata-se de Osmar Filho, presidente da Câmara Municipal de São Luís. A pré-candidatura de Osmar, contudo, não é fruto de uma articulação do prefeito, nem se vinculada ao pedetista. Osmar tem como “padrinho” no projeto o senador Weverton Rocha.
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