Acordo em Alcântara

Alcântara: fundo que destina recursos às comunidades é aprovado na Câmara

Projeto de Lei, que prevê a destinação de 1% das receitas financeiras que a União receberá à aplicação aos moradores da região com o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, deve ainda passar por duas comissões na Casa

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Deputados da Comissão de Relações Exteriores aprovaram proposta do deputado Pedro Lucas Fernandes
Deputados da Comissão de Relações Exteriores aprovaram proposta do deputado Pedro Lucas Fernandes (Relações exteriores)

O Projeto de Lei nº 245/2019, que prevê a criação do Fundo de Desenvolvimento das Comunidades Carentes e Quilombolas de Alcântara, foi aprovado ontem (16), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.

De acordo com o presidente do grupo de trabalho, Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), o texto será remetido a outras duas comissões (de Finanças e de Constituição e Justiça) antes da sanção final.

A matéria é considerada pela bancada maranhense um empecilho para a aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), cujo texto fora remetido a Plenário e aguarda por inclusão na pauta.

De acordo com o relator do PL nº 245, Aluisio Mendes (PSC), a autorização para o fundo é de suma importância para as comunidades.

“Nada mais justo para aquelas comunidades, particularmente quando se der o uso comercial, que uma parte dos recursos seja destinada a elas”, afirmou.

Segundo o autor do PL, Pedro Lu­cas Fernandes (PTB), será destinado à população local, dentre outras fontes, 1% das receitas financeiras que a União, órgãos e entidades financeiras obtenham com o contrato de uso, pesquisa ou lançamento de satélites e foguetes do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

“Este era um itens fundamentais para a aprovação do AST em Plenário. Acredito que, a partir de agora, não haverá empecilho ao texto aqui nesta Casa”, disse.

O presidente da CREDN referendou o posicionamento dos parlamentares maranhenses quanto à elaboração de um fundo destinado às populações alcantarenses.

“É um projeto que se preocupa com os quilombolas da região. Parabenizo a bancada maranhense, que entendeu a importância da repartição dos recursos com estas populações carentes”, afirmou Eduardo Bolsonaro.

O deputado federal Hildo Rocha - autor do relatório do AST na Casa - destacou o papel do Maranhão na aprovação do PL e outros itens.

“É de fundamental importância para o desenvolvimento do nosso estado a aprovação desta matéria. Tomara que a partir de hoje [ontem] haja celeridade no andamento desta matéria”, frisou.

Ainda de acordo com o PL nº 245, o fundo teria como objetivo o desenvolvimento de projetos que “visem o avanço econômico, cultural e social das comunidades quilombolas”. A gestão dos valores seria feita por um conselho gestor formado por membros da Aeronáutica, do Governo do Maranhão, do município de Alcântara, da Fundação Palmares, da Agência Espacial Brasileira e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Se aprovado, o fundo seria regulamentado em até 90 dias após a publicação. A articulação em torno da sanção do AST ocorre desde abril deste ano.

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