Editorial

Trimestre de esperança para o país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Em meio à crise econômica que vem se arrastando desde 2014 e que culminou até com recessão e mais de 14 milhões de desempregados em todo o país, um ano após ano a partir desse período, a sociedade vem esperando por dias melhores.

Mudou-se o governo no Brasil, que se autointitula de direita, mas os problemas continuam os mesmos. Tem-se dez meses de nova gestão no país, e o desemprego continua elevado, apesar de ter caído o número de pessoas fora do mercado de trabalho.

Outro ponto é que a economia não deslancha, mesmo com a aprovação da reforma da Previdência, como alardeou aos quatro cantos o ministro da Economia, Paulo Guedes, de que essa seria um grande passo para o Brasil retomar seu rumo de crescimento.

Chegou-se ao mês de outubro, período que traz boas perspectivas para o setor produtivo, especialmente o varejo, posto que a época natalina tem forte apelo comercial, o que acaba impulsionando o consumo.

Otimismo para o empresário, que prevê melhorar as vendas, e para quem está desempregado, que sonha em voltar ao mercado de trabalho, mesmo que seja por um período determinado, somente para atender a demanda das festas de fim de ano.

Pelo menos 2019 promete ser melhor que 2018, em se tratando de novas contratações. Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que aproximadamente 103 mil vagas no mercado de trabalho serão abertas até dezembro - um aumento de 43,8 mil postos de trabalho em relação ao previsto ano passado.

E a principal justificativa para os reforços do quadro de funcionários é atender ao aumento da demanda neste período do ano, com 88% das menções.

Em São Luís, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio), de janeiro até agosto deste ano, o comércio apresenta um déficit de 666 empregos formais, que foram extintos no período. Retração no mercado de trabalho que é reflexo do baixo desempenho nesse segmento da economia no primeiro semestre de 2019, uma vez que o volume de vendas cresceu apenas 0,4% nos seis primeiros meses do ano.

Mas há uma boa notícia. Para o último trimestre do ano a Fecomércio projeta a oferta de 1.100 novos postos de trabalho com carteira assinada no comércio da capital maranhense, incremento de 18%.

Num recorte mais detalhado da pesquisa CNDL/SPC Brasil, verifica-se que a maior parte (48%) dos empresários consultados deve contratar mais este ano do que no ano passado, enquanto 37% planejam abrir o mesmo número de vagas. Apenas 9% pretendem contratar menos funcionários.

Já entre os que devem contratar o mesmo número de colaboradores ou menos que em 2018, a maior parte (48%) explica que a equipe atual atende aos clientes de forma satisfatória.

Outro ponto que merece destaque é que dentre os empresários que já contrataram ou que irão contratar neste fim de ano, 52% empregarão temporários, 49% abrirão vagas informais e 45% vagas formais, ou seja, com carteira assinada.

Então que os meses de outubro, novembro e dezembro sejam o prenúncio de que 2020 poderá ser uma página virada na economia brasileira, mas de crescimento.

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