COLUNA

Jogo duplo?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Desde o início desta legislatura a Assembleia Legislativa tem sido palco de debates que em nada acrescentaram à Casa. Pelo contrário. Já dava indícios de que mais baixarias aconteceriam. Depois dos vários confrontos promovidos pelo deputado Duarte Júnior (PCdoB), que conseguiu se desentender com deputados da oposição e também colegas governistas, ontem foi a vez de Yglésio Moyses (PDT) iniciar um espetáculo que acabou sendo pior para ele.
O pedetista decidiu defender o governo estadual após denúncias do deputado do PV, César Pires, sobre a situação da Saúde no Maranhão. Moyses iniciou o debate já baixando o nível da conversa, acusando Pires de ser mentiroso e de espalhar fake news. Ressultado: César Pires desqualificou Moyses com adjetivos que põem em cheque o caráter do pedetista e revelou que os dados apresentados durante seu discurso sobre cirurgias do Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO) foram repassados pelo próprio Yglésio Moyses, que depois confirmou que repassou as informações recebidas de um gestor do HTO.
Resumo: Moyses foi exposto e agora oposição e governistas imaginam que o pedetista demonstra fazer um jogo duplo nos bastidores do parlamento, dando munição para oposição atacar o governo estadual, apesar de se mostrar um defensor.


Contestação
Os dados repassados por Yglésio Moyses para César Pires de que no HTO são realizadas somente 14 cirurgias por mês foram contestados pelo secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula.
Segundo o gestor, são feitas 400 cirurgias por mês no hospital, o que deixa a unidade com 97% de bom e ótimo na avaliação de pacientes.
Mas esses números não foram buscados por Moyses, que sendo governista poderia ter questionado o secretário aliado sobre os dados que chegaram até ele. Mas o pedetista preferiu passar para os adversários.
Candidatura tucana
O deputado Wellington do Curso (PSDB) foi à tribuna da Assembleia Legislativa e afirmou que vai ser candidato a prefeito de São Luís.
Ele disse que tem o aval das direções estadual e nacional, além de que seu nome para a disputa é um “pedido das ruas”.
Sobre o que afirmou o tucano, o presidente da legenda, senador Roberto Rocha não negou ou confirmou. O que se sabe é que Rocha já havia dito que em São Luís o PSDB ainda não tinha definição sobre candidatura.

Silêncio
Chamou a atenção o silêncio da base do governo após o posicionamento ontem do deputado Wellington do Curso, que colocou em dúvida a legitimidade dos últimos levantamentos de intenção de voto em São Luís que excluíram o seu nome.
De acordo com o tucano, a retirada ocorreu de forma proposital e com a ajuda de deputados e outras autoridades próximas ao governador Flávio Dino (PCdoB).
Analistas apontam que Wellington é um dos nomes capaz de rivalizar com Eduardo Braide (PMN), até então apontado com primeiro nas pesquisas.
Sem “fatos novos”
O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB) afirmou à coluna que espera “não haver fatos novos” para cumprimento da determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que colocará o AST de Alcântara para análise no plenário na semana que vem.
Segundo ele, alguns dos membros dos partidos que ainda ameaçam a inclusão de pautas obstrutivas deverão votar “a favor do mérito”.
Desde o fim do semestre passado, parlamentares favoráveis ao acordo esperam por sua aprovação.

Reformas
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) assinou ontem ordem de serviço para um pacote de obras na área da saúde.
Nesta primeira etapa, serão reformadas 18 unidades de saúde, sendo 11 da atenção primária em bairros de regiões como área Itaqui-Bacanga, zona rural, Cidade Olímpica e área central de São Luís.
Também foram contempladas sete unidades de saúde de maior porte, como a Unidade Mista Itaqui-Bacanga, setores do Socorrão II e CEO Alemanha.

Votos
A votação da reforma da Previdência no Senado não trouxe surpresas quanto aos votos dos senadores maranhenses.
O senador Roberto Rocha (PSDB) votou a favor da proposta do Governo Bolsonaro. O tucano sempre fez defesas alegando que se não fosse feita a reforma, o Brasil quebraria.
E Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania) mantiveram a posição inicial de votaram contra o texto-base.

DE OLHO

R$ 14,3 milhões é o valor gasto pelo governo estadual com diárias em 2019. Cerca de R$ 1 milhão foi para pagamento de diárias da Polícia Civil.

E MAIS

• O governo estadual recuou do projeto Creed, que garantia aulas de boxes para detentos do sistema prisional do Maranhão.

• O motivo seria a repercussão ruim que a proposta teve na sociedade. Diante disso, a portaria que garantiu o Creed acabou sendo revogada.

• O desembargador aposentado Raimundo Cutrim - irmão do conselheiro do TCE Edmar Cutrim - passou mal ontem e acabou envolvido em um acidente de carro no Centro de São Luís. Não houve feridos. Apenas danos materiais.

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