Manifestação

Gregos marcham contra planos de reforma de novo governo

O governo grego pretende mudar regras sobre como as greves podem ser declaradas, permitir alterações em acordos salariais coletivos e criar um registro de sindicatos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Manifestantes protestam em marcha em Atenas, em 2 de outubro de 2019
Manifestantes protestam em marcha em Atenas, em 2 de outubro de 2019 (Reuters)

ATENAS - Trabalhadores do setor privado da Grécia deixaram seus postos ontem e marcharam pelas ruas de Atenas para protestar contra reformas trabalhistas planejadas pelo novo governo conservador –segundo os manifestantes, elas enfraquecerão os sindicatos e limitarão seu direito de entrar em greve.

Navios ficaram atracados nos portos, trens ficaram parados e serviços bancários foram interrompidos durante a greve de 24 horas, a segunda paralisação nacional em uma semana.

Sindicatos do setor público fizeram greve contra reformas trabalhistas na semana passada e interromperam o trabalho durante algumas horas na quarta-feira,2.

Milhares de professores, trabalhadores da mídia e dos bancos, empregados municipais e portuários, pensionistas e estudantes marcharam pacificamente até o Parlamento perto do meio-dia.

Regras sobre greves

O governo do primeiro-ministro do país, Kyriakos Mitsotakis, pretende mudar algumas regras básicas sobre como as greves podem ser declaradas, permitir algumas alterações em acordos salariais coletivos e criar um registro de sindicatos, que por sua vez acusam o governo de tentar controlá-los ou enfraquecê-los.

Os sindicalizados que convocaram a greve estão alienados da realidade, disse Mitsotakis, e as propostas governamentais foram concebidas para tornar a tomada de decisões sobre ações industriais mais inclusiva.

"Mais uma vez, os poucos em greve estão incomodando os muitos", escreveu Mitsotakis em uma postagem em uma rede social.

Nos últimos anos, o comparecimento às manifestações foi baixo, principalmente devido à fadiga de anos de uma crise que levou a três pacotes de socorro financeiro internacional em troca de cortes nas pensões e salários, aumentos de impostos e reformas trabalhistas impopulares.

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