Artigo

Pela volta da Monarquia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

No começo era a Monarquia, sob a qual vivemos muitos anos, embora nem mesmo se conhecesse o rei, de tão longe que este ficava. A vida era difícil, mas dava pra levar numa boa até mesmo porque, nessa época, não havia Faustão, rede social e nem dupla de música sertaneja.

Tudo começou a melhorar depois que o imperador nasceu aqui. Era um sujeito culto e generoso, que queria o bem do país, mas, assim como Cristo, não conseguiu agradar todo mundo. Escorraçaram o velhinho e implantaram a República e, com ela, a Democracia. Tinha tudo para dar certo, mas, aos poucos, o inconformismo tomou conta do país. Resultado: Ditadura neles!

O ditador era um baixinho gaúcho, gorducho e patriota que tinha, no entanto, um pequeno problema: era chegado a um suicídio. Isso causou uma enorme confusão e a solução foi apelar de novo para a velha e manjada solução: democracia, com presidencialismo a reboque. Tentou-se de tudo desta vez, até um bruxo apareceu como uma vassoura, mas o povo continuava insatisfeito. Ora, diante do caos nada como uma ditadura para salvar a pátria. Apelou-se então para uma ao estilo militar para não haver suicídio à vista (militares, como se sabe, mão se suicidam, só suicidam os outros, mandando-os para a guerra).

A pau e pedra a coisa permaneceu algum tempo, enquanto durou a alegria no futebol. O Brasil ganhou a terceira Copa do Mundo, foi o tempo do país que ia dar um passo à frente. Tão logo o Brasil voltou a apanhar no futebol o país deu um passo à frente, caiu no abismo e foi a vez do velho e surrado presidencialismo dar as suas caras de novo desta vez com um presidente com cara de novo: Fernando Collor, que tinha cara de novo mas era um velho ladrão. Solução: impeachment nele.

A coisa capengou até chegar a Dilma Roussef que também foi impichada mostrando que o Brasil havia deixado de ser campeão mundial de futebol para ser campeão mundial de impeachment. Depois de um ex-presidente ir parar na cadeia por roubo e ter assumido um vice, suspeito de roubo, já estão querendo impichar um terceiro, em vias de implantar o Bolsonarismo que é um regime que funciona mais ou assim: o presidente manda pra cá, os deputados mandam prá lá, o Judiciário tira os corruptos da cadeia e, em volta, o roubo impera.

Ora, se o roubo continua, está mais do que na hora da volta do regime monárquico onde o roubo é institucionalizado, mas para poucos. Além do mais…

1.O Brasil sempre foi cheio de reis . Rei do futebol (Pelé), rainha dos baixinhos, rei da Voz, rei dos apelidos na Lava-Jato etc.

2.A forma de governo não é monarquia mas dá no mesmo porque os governantes não são reis mas agem como se tivessem um na barriga.

3.Coroa tem aos montes, em todas as capitais deste imenso país. É só procurar nas fotos das colunas sociais dos jornais. A variedade é imensa, embora enferrujadas.

5.Os nobres e poderosos do Brasil podem até não ter sangue azul, mas, com certeza, este não é vermelho porque, depois de tantas falcatruas jamais se viu um deles corar de vergonha.

6.Bobo da Corte também é o que não falta neste país. Desde Galvão Bueno gritando gol do Flamengo no limite de perder a fala, até os que fazem cócegas nos egos dos poderosos da Corte, como Gilmar Mendes, para que estes se divirtam caçoando de suas misérias. Quem duvida de que se trate do povo?

José Ewerton Neto

Autor de O ABC bem humorado de São Luís

E-mail: ewerton.neto@hotmail.com

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