Magnata da mídia

Tribunal tunisino mantém preso um dos candidatos à presidência

Magnata da mídia Nabil Karoui foi preso desde 23 de agosto por lavagem de dinheiro. Eleição acontece neste domingo,15

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Nabil Karoui, empresário e proprietário do canal privado Nessma TV, em imagem de 2 de agosto de 2019
Nabil Karoui, empresário e proprietário do canal privado Nessma TV, em imagem de 2 de agosto de 2019 (Reuters)

TUNÍSIA - Um tribunal de apelação da Tunísia rejeitou na sexta-feira,13, um pedido do candidato presidencial Nabil Karoui, um dos favoritos, para ser libertado da prisão. O primeiro turno da eleição acontece neste domingo,15.

A informação foi divulgada pelo advogado dele, Kamel Ben Massoud, à agência Reuters.

O magnata da mídia, preso desde 23 de agosto por lavagem de dinheiro, buscava aguardar em liberdade o julgamento do processo que responde por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

O empresário acusa o poder de instrumentalizar a justiça para excluí-lo da disputa. De acordo cm a Reuters, ele disse na quinta-feira em um comunicado que iniciou uma greve de fome.

Fim da campanha

A decisão do Tribunal de Cassação marca o último dia da campanha presidencial, que mobilizou 26 candidatos. A campanha não teve favoritos muito claros, em parte devido ao grande número de candidatos e à atomização de alternativas políticas.

Sete milhões de tunisianos estão registrados para votar nesta que é a segunda eleição presidencial livre da história do país.

O primeiro-ministro Chahed, um liberal, afirmou na quinta-feira na rádio Mosaïque que apenas três partidos contavam, o dele, o de Nabil Karoui e o islâmico Ennahdha. "O resto não existe", disse.

Porém, outros candidatos podem aparecer no pelotão principal, como o advogado anti-islâmico Abir Moussi, o ministro centrista da Defesa Abdelkarim Zbidi ou o conservador independente Kais Saied, de acordo com a France Presse.

A luta contra o terrorismo, uma questão antes onipresente na Tunísia traumatizada pelos atentados terroristas de 2015-2016, deixou de ocupar lugar central nos debates.

As principais preocupações atuais são a crise social e econômica, o custo de vida, a inflação (7% ao ano) ou o desemprego (15%).

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