COLUNA

Mais uma vez a BR-135

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

As obras de duplicação da BR-135 devem ser retomadas nos próximos meses. Foi o que informou o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, aos membros da bancada maranhense em Brasília, em reunião ontem. Um reestudo estava sendo feito, e ainda esta semana será apresentado a Dantas, relator do caso da rodovia, que passa pelo Maranhão, e ele deve liberar a retomada dos serviços.
Este é mais um capítulo, que pode até chegar ao fim ainda este ano, no entanto, há outros trechos que manterão no ar a novela da duplicação da BR-135.
A terceira etapa da obra - que vai de Itapecuru até Miranda - pode não avançar. E pior: ainda perder a verba já garantida para a duplicação pelas bandas de lá. Motivo? Pelo estudo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o valor da obra tem um aumento previsto acima de 25%, o que deixa os serviços inviáveis, e, por isso, o contrato já licitado deve ser cancelado.
A esperança para que a obra não fique mais tanto tempo sem previsão de ocorrer vem da proposta do deputado federal Hildo Rocha (MDB), que propôs ao general Santos Filhos, diretor do Dnit, que a obra seja mantida e que a duplicação ocorra até o quilômetro.
Ou seja, mesmo não fazendo o trecho completo previsto para a terceira etapa, o Governo Federal poderia manter a obra sem que a verba oriunda na emenda de bancada impositiva se perdesse.
Segundo o emedebista, a proposta foi aceita pelo general. Esperar que na prática isto ocorra realmente.

Gestão
O Governo Federal demonstra que as questões políticas não podem e nem devem dar o tom na gestão.
O exemplo é o Ministério da Saúde, que vai liberar R$ 2,7 milhões para ajudar na manutenção de 20 leitos de UTI no Maranhão.
Serão beneficiados moradores de 39 municípios, que podem buscar atendimentos nos Hospitais Regionais de Pinheiro ou Santa Inês.

Silêncio
A turma do Palácio dos Leões nada falou a respeito das cenas de violência e vandalismo na Praia Grande, no Centro Histórico, ocorrido no último fim de semana.
A mesma euforia vista no lançamento do programa “Nosso Centro” não teve correspondência por meio de indignação com o problema, que deve ser enfrentado no Centro Histórico.
A posição é clara: um assunto que não rende votos deve ser esquecido pelos seus idealizadores.

Só o bônus
Logo, o secretário Rubens Júnior (PCdoB), cujo “Nosso Centro” foi lançado para viabilizar a candidatura à Prefeitura de São Luís, quer somente os bônus do programa da gestão de Edivaldo Júnior (PDT).
Pelo que há de ônus, o comunista segue a cartilha do Palácio dos Leões, que é fingir que o problema não existe.
A postura de Rubens Júnior e seus aliados não foi vista com bons olhos pela turma do PDT de Weverton Rocha, que já reclama de “falta de solidariedade”.

Frente na Câmara
Ainda sobre o Centro Histórico, o deputado federal Hildo Rocha (MDB) vai lançar na Câmara Federal a Frente Parlamentar do Patrimônio Histórico Nacional.
O lançamento ocorre hoje, e entre as finalidades da iniciativa estão apoiar e fortalecer as instituições ou órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela defesa da memória do Brasil.
Se a frente realmente sair do papel, será mais uma forma de fortalecer a preservação do patrimônio no país.

Reforma Tributária
O senador Roberto Rocha (PSDB) usou as redes sociais para desmentir a informação de que a Reforma Tributária trará novo imposto sobre produtos usados.
Segundo o tucano, a reforma prevista é para favorecer o cidadão consumidor, ou seja, aqueles produtos de pessoas físicas vendidas em sites de compra e venda não serão tributários.
Pela proposta do senador maranhense, a ideia é criar um tributo para empresas que fazem vendas na internet.

Críticas
Governistas do Maranhão ainda reclamam de novos cortes na área da Educação previstos no Governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Um dos pontos mais criticados é o de que não haverá financiamento para novas bolsas de pesquisa nas universidades federais.
O que os palacianos esquecem é que no estado, apesar de haver previsão para bolsas de estudo em pesquisa, o dinheiro ainda não foi liberado, segundo o Portal da Transparência do governo estadual.

DE OLHO

R$ 500 milhões é o valor estimado pelo Ministério da Infraestrutura já gasto na obra de duplicação da BR-135 desde 2012.

E MAIS

• Pela Portaria do Ministério da Saúde, fica claro que a verba liberada pelo Governo Federal vai contribuir para que as demandas deixem de chegar em São Luís, cujos hospitais de urgência e emergência trabalham mais para a população do interior que da capital.

• Até o fechamento da coluna, ainda não havia quórum deliberativo para votar o requerimento do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB), que prevê urgência na votação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST).

• A previsão é de que a proposta volte à pauta na sessão de hoje já que na reunião de líderes da Câmara de ontem não houve objeções para manter o requerimento na pauta.

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