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Academia em dia de festa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

A Academia Ludovicense de Letras, de relevantes serviços prestados à nossa cultura, está comemorando mais um aniversário de fundação em vasta programação alusiva à data. Tive o privilégio de ser um dos seus fundadores, em 2013, privar da companhia de ilustres confrades e confreiras nesses seis anos, produzir e falar em seu nome; hoje, exercendo prerrogativa regimental e estatutária, e de forma democrática, sou seu membro Honorário.

No próximo dia 15 de agosto corrente, a Academia Caxiense de Letras, legítima sucessora do Centro Cultural Coelho Neto, que floresceu, na “Princesa do Sertão”, na década de 40 do século passado, também fará aniversário de profícua existência e de reconhecidos proveitos à sociedade; com muito orgulho, sou seu membro efetivo desde 2003.

As Academias de Letras precisam de tempo para sua afirmação e prosperidade conforme pensava Joaquim Nabuco (1849-1910), que foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. É certo também que carecem de uma constante renovação, quer pelo preenchimento de vagas ou por abertura de outras, por exemplo, quando algum membro efetivo migra à categoria de honorário, como será o meu caso, dentro de poucos dias.

A Academia Francesa, que serviu de modelo às demais do mundo todo, foi fundada por Armand Jean du Pressis, o cardeal Richelieu (1585-1642), em 1635, sob o reinado de Luís XIII de França e Navarra (1601-1643), que empresta o nome à capital maranhense; tem, portanto, 384 anos. A Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897, foi baseada nesses pressupostos e já é centenária; a Academia Maranhense de Letras, fundada em 1908, também.

Assim foi, a partir da criação da Academia Francesa, que escritores e intelectuais brasileiros de todas as matizes desejaram criar uma instituição nos seus moldes, “sendo composta de 40 membros efetivos e perpétuos conhecidos como imortais, devidamente patroneados, e escolhidos entre os cidadãos que tivessem publicado obras de reconhecido mérito ou livros de valor literário”.

A Academia Caxiense de Letras - ACL, fundada em 15 de agosto de 1997, segue a regra e comemora a passagem dos seus 22 anos, tão jovem e já com relevantes serviços prestados à cultura maranhense; com sede própria e parcos recursos financeiros, com uma excelente biblioteca e ainda sem um ‘jardim’, abriga em seus salões os 40 acadêmicos que lhe dão vida, realiza suas sessões regulares e solenes, e as de posse dos seus novos membros dentro de ritual rico em tradições; o público tem tido acesso pleno e democrático às suas dependências e a essas atividades, além de às visitas guiadas e outras atividades de cunho recreativo-cultural proporcionadas principalmente aos estudantes.

A ACL, desse modo, dá seguimento aos diversos movimentos literários anteriormente acontecidos em nossa cidade, honrando as tradições caxienses e dando sequência aos esforços desenvolvidos em prol da nossa cultura. Da época dos Centros Culturais, remanescem em seus quadros atuais descendentes daqueles que participaram desses movimentos, cidadãos representativos da sociedade de então e de saudosa memória.

No meu caso, que passarei à categoria de membro Honorário, abrindo uma vaga à renovação dos quadros, lembro do meu pai Antônio Brandão, que fez parte do “Centro”, do meu patrono à Cadeira 39, na ACL, João Guilherme de Abreu e do meu confrade Sillas Marques Serra, que fez a saudação ao meu ingresso na “Casa de Coelho Neto”, em 2003.

Nas minhas viagens a França, Espanha e Portugal, autografei meus Livros à Bibliotecas desses países e sempre falei em nome das Academias às quais continuo a pertencer, Caxiense de Letras e Ludovicense de Letras.

Salve a Academia Caxiense de Letras, salve!

Salve a Academia Ludovicense de Letras, salve!

Antônio Augusto Ribeiro Brandão

Economista, membro da ACL, do IWA e do ELOS Literários, fundador e membro Honorário da ALL

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