Editorial

O futuro do comércio informal no Centro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Pelo menos 3 mil comerciantes informais atuavam no centro de São Luís, conforme o último levantamento realizado pela Associação de Vendedores Ambulantes e Similares, no primeiro semestre de 2018. Este número, certamente aumentou no último ano, com a crise econômica nacional e o crescimento do desemprego em todo o país. Atuar na informalidade é a alternativa viável para garantir o sustento da família, quando não há perspectivas de emprego formal, mas as dificuldades e percalços são muitos.

Nesta semana, os vendedores informais que atuam na Rua Grande começaram a ser retirados daquela via, que passou por obra de requalificação e deve ser entregue à população até o fim deste mês. Os camelôs, como são conhecidos popularmente os informais, estão sendo encaminhados para as ruas transversais do Centro Comercial, deixando a Rua Grande livre para o trânsito de consumidores.

A disputa camelôs x lojistas já se estende há anos. Os donos de lojas no centro sempre reclamaram da presença dos ambulantes na Rua Grande, ocupando a frente das lojas e, segundo eles, atrapalhando a passagem e entrada de consumidores.

Do outro lado, a Prefeitura, por meio da Blitz Urbana, vem tentando organizar esse tipo de comércio, que cresce mais a cada dia, sem causar grandes prejuízos às partes. Sabe-se que os informais necessitam trabalhar para sustentar suas famílias e o comércio formal também, portanto é necessário encontrar meios-termos para garantir que todos possam ganhar o seu ‘ganha pão’, de maneira equilibrada.

Tem-se de admitir que, nos últimos anos o Município deixou livre o mercado informal no centro da capital. A Praça Deodoro tornou-se um mercado persa e a Rua Grande foi completamente tomada pelas bancas dos informais. A desordem causou danos a estrutura física desses espaços.

Mas agora, a situação mudou. Com as reformas do Complexo Deodoro e Rua Grande, seria pernicioso deixar o comércio informal voltar a ocupar esses locais e a necessidade de obter um lugar específico para os informais se tornou mais do que urgente.

Para resolver de uma vez por todas esta questão, o Município aposta em um novo espaço para instalação dos informais. Conforme a Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo (Semurh), será construído um shopping popular para abrigar este tipo de comércio. Até lá, os ambulantes que antes ficavam na Ria Grande serão deslocados para as transversais, obedecendo a lei de disciplinamento do espaço público.

As bancas do comércio informal que permanecem nas redondezas do Colégio Liceu Maranhense - e causam reclamações constantes de alunos por causa do barulho, não compatível com a necessidade da escola -, também devem ser remanejadas para o futuro shopping popular, cujo projeto já foi apresentado aos comerciantes e a licitação da obra será realizada ainda neste semestre.

Espera-se que esta seja a melhor saída e que todos fiquem contemplados e consigam trabalhar para manter suas famílias da melhor maneira possível.

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