Editorial

Agosto Dourado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Lançada na última quinta-feira, 1º, em todo o país, a campanha de incentivo ao aleitamento materno é considerada um dos pilares da saúde básica, junto com a vacinação. No Brasil, o mês será de eventos para promover a amamentação natural e melhorar a saúde de bebês, dentro das ações do Agosto Dourado. A cor foi escolhida em referência ao "padrão ouro" de qualidade do leite materno.

Com essa iniciativa, que ocorre em 170 países, o Governo Federal quer aumentar as taxas de amamentação nos municípios, considerando que a amamentação é capaz de reduzir em 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos.

Para sensibilizar as mães, o Ministério da Saúde está investindo quase R$ 3,5 milhões em uma campanha nos diferentes meios de comunicação. Além disso, como reforço, estão sendo aumentados o número de hospitais amigos da criança e parceria com rede privada para que sejam instaladas salas de amamentação. Isso significa que a pasta vai repassar a esses locais um total de R$ 11 milhões por ano para ajudá-los nas práticas que já adotam de incentivo à amamentação dentro e fora das unidades de saúde.

Entre as ações para expandir a prática do aleitamento materno, a pasta da Saúde também pretende retomar levantamentos sobre amamentação para saber como ocorre o ato em todo o Brasil. A última pesquisa do gênero foi realizada em 2008. Em todo o país, já estão credenciadas 228 salas de apoio à amamentação.

Conforme a Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês), que o slogan da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2019, existem muitas barreiras para a prática ideal da amamentação, sendo uma das maiores a falta de apoio aos pais, em especial no trabalho.

Para a entidade, o aleitamento materno é um esforço de equipe, que requer informação baseada em evidências científicas e uma cadeia calorosa de apoio. E mais: é preciso informar sobre a íntima relação entre a proteção social parental e a amamentação.

No Brasil, desde 2007 as ações da SMAM são coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com a SBP. Apesar desse trabalho contínuo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que somente 40% das crianças têm amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida.

Conforme demonstram diferentes pesquisas, uma melhora desse quadro deve passar necessariamente pela elaboração de políticas de proteção social, que garantam a pais e mães licença remunerada com financiamento público, assim como legislação e locais de trabalho amigáveis. A aplicação dessas medidas é essencial para promover a amamentação, a saúde e o bem-estar de forma ideal, bem como proteger contra a discriminação no trabalho.

Portanto, está comprovado que amamentar é um ato fundamental para garantir a saúde dos recém-nascidos. O leite materno funciona como uma vacina que protege a criança de doenças tais como diarreia, infecções respiratórias e alergias, e diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade durante a infância até a fase adulta.

Para recém-nascidos de baixo peso, especialmente os bebês internados em unidades neonatais, o alimento é ainda mais essencial. O leite materno é um aliado incontestável na melhora da sobrevida do recém-nascido prematuro. O mesmo ajuda no desenvolvimento, fortalece o sistema imunológico e estabelece o vínculo entre mãe e filho. É um alimento que contém fatores que facilitam o desenvolvimento do trato gastrointestinal, que auxiliam na proteção contra infecção.

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