Editorial

50 anos do homem na Lua

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

Há exatos 50 anos, o “...pequeno passo para o homem, mas um gigante salto para a humanidade”, aconteceu, com a saga do astronauta americano Neil Armstrong, primeiro ser humano a por os pés na Lua. Nem mesmo São Jorge e seu cavalo e o dragão esperavam tamanha façanha.

Desde a aterrissagem da nave americana Apollo 11 na Lua, em 1969, tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins, os Estados Unidos foram o único país a enviar homens ao satélite natural da Terra - até dezembro de 1972, foram 12 astronautas.

Mas ao longo dos anos tem-se colocado em xeque a veracidade dessa odisseia espacial história, em que Neil Armstrong pisou na Lua e fincou a bandeira americana. Por isso, teorias da conspiração não faltam, afirmando que as imagens vistas por milhões de pessoas, naquele 20 de julho de 1969, nunca existiram, que não passaram de montagens dos Estados Unidos para vencer a corrida espacial, a época em disputa com a então União Soviética.

Já naquela época americanos e soviéticos travavam a chamada Guerra Fria, conflito político-ideológico que polarizou o mundo na segunda metade do século XX, e que levou essas duas nações a disputarem a hegemonia mundial, tanto em poderio bélico, como tecnológico e econômico.

A tal corrida espacial foi iniciada pelas duas potências em 1957, com o lançamento, pelos soviéticos, do primeiro satélite para o espaço - Sputnik 1, e somente encerrada em 1975, quando uma missão espacial foi realizada em conjunto por americanos e soviéticos.

Passados 50 anos, as motivações para uma nova corrida espacial agora são outras. De certo que russos e americanos vão continuar nessa “guerra fria”, mas há outros protagonistas nessa escalada, propensos a fincar suas bandeiras no espaço, seja na lua ou em outros planetas.

Depois dos americanos e soviéticos, a China foi a terceira nação a pousar uma sonda na Lua, com o módulo Chang'e 4, que aterrissou no chamado lado oculto, onde nenhum outro tinha chegado antes.

Mas agora a missão não é provar que se pode ou não chegar em qualquer lugar do cosmo. O avanço tecnológico está voltado para corridas comerciais, de fazer turismo no espaço. Nos Estados Unidos, a Agência Espacial Americana (Nasa) anunciou que vai abrir a Estação Espacial Internacional para turistas a partir de 2020.

E não deve demorar muito para isso acontecer, tendo em vista que uma cápsula da empresa privada SpaceX, em parceria com a Nasa, cumpriu uma missão de teste, comprovando a possibilidade de enviar passageiros. Hoje uma das maiores cobiças da humanidade é Marte e o caminho está sendo preparado para que isso aconteça em 2035.

Antes disso, porém, os americanos estão com projeto de voltar à Lua em 2024, desta vez, desembarcando a primeira mulher. Uma missão americana com uma mulher só ocorreu em 1978, com Sally Ride; os russos foram os pioneiros e enviaram Valentina Tereshkova, em 1963. Desde então, o mundo já realizou 138 lançamentos, com 60 mulheres a bordo. Mas até hoje nenhuma pisou na Lua.

Portanto, o envio da primeira mulher à lua é questão de igualdade, pois até hoje, 12 seres humanos pisaram no satélite, e todos são homens.

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