Na busca por melhor posicionamento de olho nas eleições de 2020, pré-candidatos a prefeito de São Luís começam a definir seus rumos partidários como condição primordial para o desenvolvimento de cada projeto.
Na manhã de ontem, foi o deputado federal Eduardo Braide quem deu mais um passo.
Em contato com O Estado, ele confirmou que deve mesmo filiar-se ao Podemos para a disputa pela Prefeitura da capital no ano que vem.
O parlamentar ainda está filiado ao PMN, mas nesta semana surgiu a informação de que ele havia indicado aliados para postos de comando numa comissão provisória do Podemos. Alguns dos nomes indicados atuam como assessores do deputado.
Segundo ele, as primeiras gestões estão sendo feitas diretamente com a presidente nacional do novo partido, deputada federal Renata Abreu.
“Temos conversado muito, eu e a presidente Nacional do Podemos, a deputada Renata Abreu. O que posso dizer hoje é que o Podemos deve ser mesmo o meu futuro partido, já que as conversas estão avançadas, mas vamos aguardar para concretizar”, destacou Braide.
Líder nas pesquisas na capital, Braide deve assumir o comando da legenda até então comandada pelo também deputado federal Aluisio Mendes, que foi procurado pela reportagem, e também confirmou que está se fechando um acordo para que o pré-candidato a prefeito assuma o comando da legenda no estado,
“Estamos finalizando o acordo”, declarou. O mais provável é que Mendes deixe o Podemos para filiar-se ao PSC ou ao PSL.

PL queria
As adiantadas conversas de Eduardo Braide com o Podemos acabam por frustrar expectativas do Partido Liberal (PL), antigo Partido da República (PR).
Controlada no Maranhão pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho, a sigla chegou a procurar o parlamentar e houve um princípio de entendimento. Mas, sem um avanço efetivo das negociações, o pré-candidato acabou por buscar novo rumo.

Saída do PMN
Eleito deputado federal em 2018 pelo PMN, Braide anunciou, no início de 2019, que deixaria a sigla.
Ainda em janeiro, durante entrevista à Rádio Mirante AM, ele já havia revelado que estava mes­mo de saída. Na ocasião, o parlamentar disse que já havia comunicado à direção partidária da sua decisão, justificada, basicamente, pelo fato de a legenda não ter alcançado a cláusula de desempenho nas eleições de do ano passado.
Com isso – e sem a fusão do PMN com outra legenda -, se ficasse no partido, Braide teria participação limitada em comissões e na Câmara, por exemplo, a partir de 2020. “Não posso sacrificar um mandato”, destacou ele na ocasião.

Votação contra Previdência chamou atenção

Um dos principais pré-candidatos a prefeito de São Luís, o deputado federal Eduardo Braide (PMN) foi um dos centros de atenção, no início do mês, durante o 1º turno da votação da proposta de reforma da Previdência na Câmara.
Tido como nome mais ligado à direita, ele acabou votando contra o texto. Cobrado por esses setores, ele gravou um vídeo explicando seu posicionamento.
“Sempre defendi uma reforma que olhasse não só os números da economia, mas a vida das pessoas. Por isso, aguardei as últimas alterações que foram feitas em seu texto antes de ir ao plenário e decidi votar não. Não posso concordar com a retirada de milhares de brasileiros que hoje tem o direito de recebe o abono do PIS. Não concordei, também com redução da pensão por morte a um valor menor do que o salário mínimo”, disse.
Além do mérito sobre o texto, o voto de Braide também tem um viés político. Em 2020, ele deve bater de frente com um consórcio de candidatos ligados ao governo Flávio Dino (PCdoB), que também é contra a PEC da Reforma da Previdência. Nessa arena específica do debate, portanto, entrará em condição de igualdade com os adversários.

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