Estado Maior

Espionagem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

O deputado federal Aluisio Mendes (Pode) confirmou à coluna que ele vem recebendo novas denúncias e documentos que ajudam na apuração da denúncia feita pelo ex-delegado Thiago Bardal e delegado Ney Anderson Gaspar, que apontam que o secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, determinou interceptações telefônicas ilegais contra quatro desembargadores e seus familiares e contra políticos adversário do governo estadual.
O que Mendes vem recebendo de informações será reforçado também por depoimento de outros delegados que serão ouvidos pela Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados durante a vinda dos parlamentares ao Maranhão, que deverá acontecer logo após a volta do recesso.
Além disso, o caso também já chegou ao Senado e uma nova rodada de depoimento de Bardal e Ney Anderson deverá acontecer em Brasília. O pedido para ouvir o ex-delegado e o delegado foi feito pelo senador Roberto Rocha (PSDB), apontado como uma das vítimas da “arapongagem” no Sistema Guardião.
E enquanto o assunto vai tomando forma no Congresso, no Maranhão o secretário Jefferson Portela desistiu de se defender atacando os que fazem a denúncia contra ele. Portela tem preferido – provavelmente orientado para isso – ficar em silêncio. Nem sobre o seu depoimento na Câmara, o gestor tem falado mais. Na verdade, não está claro se ele ainda irá à Comissão de Segurança da Câmara.

Silêncio
O governador Flávio Dino (PCdoB) também tem mantido silêncio sobre as denúncias, atendo-se apenas a destacar o trabalho de Jefferson Portela.
Dino não mostra inclinação para fazer o que foi sugerido na Comissão de Segurança: afastar Portela do cargo e determinar uma auditoria no Sistema Guardião.
Essa sugestão foi dada pelos deputados Aluisio Mendes e Edilázio Júnior (PSD) para assim encerrar a questão em torno das denúncias contra auxiliar de primeiro escalão de Dino.

Gastos I
Os senadores Roberto Rocha (PSDB) e Weverton Rocha (PDT) foram listados por jornal de Curitiba como parlamentares que gastam dinheiro público demais em Brasília.
Segundo o jornal, o tucano do Maranhão gastou mais de R$ 250 mil para manter escritório político em São Luís e Imperatriz e com viagens internacionais.
Weverton Rocha fez um “chá de panelas” bem caro em seu gabinete no Senado. Na lista do que foi adquirido pelo pedetista tem jogo de xícaras cujo valor é de R$ 780,00. Entre pratos, talheres e copos, Weverton gastou R$ 2 mil.

Gastos II
Em busca rápida no site da Câmara dos Deputados, também é possível pesquisar os gastos entre os deputados federais.
Toda a bancada do Maranhão já gastou até o momento mais de R$ 2,7 milhões em verba da cota parlamentar.
O dinheiro da cota parlamentar foi gasto, principalmente, com viagens, locação de veículos, divulgação do mandato parlamentar e consultorias e pesquisas.

Gastaram menos
Entre os que menos gastaram dinheiro público estão o Pastor Gildenemyr (PL), Márcio Jerry (PCdoB) e Júnior Lourenço (PL).
Os dois primeiros ficaram na casa dos R$ 80 mil nos seis meses de mandato e o terceiro gastou pouco mais de R$ 77 mil nos seis meses de mandato.
Divulgação de mandato, passagem aérea, locação de veículos e manutenção de escritório político foram os itens com que os parlamentares usaram o dinheiro da cota parlamentar.

Decisão
O desembargador Jorge Rachid determinou que a Prefeitura de Paço do Lumiar homologue o concurso público realizado pelo município deste ano.
Na decisão, o magistrado entende que há uma demonstração por parte do prefeito do município, Domingos Dutra (PCdoB) de não homologar o certame.
Isto porque uma lei municipal foi criada para a contratação temporária de servidores.

DE OLHO
R$ 230 mil
é o valor
que três deputados federais gastaram, cada, da cota parlamentar. Outros cinco gastaram pouco mais de R$ 180 mil e somente quatro ficaram com gastos menores que R$ 100 mil

Pré-candidato
O PSL do Maranhão tem até o momento somente uma pré-candidatura à Prefeitura de São Luís para 2020.
O apóstolo Sílvio Antônio, que é suplente de deputado federal, quer disputar a sucessão na capital e se colocou à disposição do partido.
O nome do suplente é visto com bons olhos pela direção estadual devido à votação que ele teve em São Luís para deputado federal. Foram mais de 10 mil votos somente na capital.

E MAIS

• Faleceu ontem a secretária Adjunta de Diretos Humanos do Estado, Elisângela Cardoso. Ela vinha enfrentando um câncer.

• Elisângela comandou a Funac, cargo que deixou para assumir a Secretaria Adjunta de Direitos Humanos no início deste ano.

• Pedagoga, Cardoso tem atuação na luta pelos direitos da criança e adolescente e no governo Jackson Lago também presidiu a Funac.

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