A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) confirmou em nota, a O Estado, que considera ilegais os repasses da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) aos cofres do governo estadual.
Segundo a agência, são mais de R$ 140 milhões que deveriam ser repassados ao Porto do Itaqui e não à gestão estadual.
Os argumentos da Antaq, ao que parece, já estão sendo confrontados na Advocacia-Geral da União (AGU) pelo Governo do Estado. Pelo menos, é isso que argumenta o líder do governo na Assembleia Legislativa, Rafael Leitoa (PDT), em discurso na Casa.
No entanto, a defesa do governista vai de encontro com o que diz a AGU, a Antaq e o Ministério da Infraestrutura. A pasta federal deixou claro a O Estado que o governo do Maranhão busca uma negociação para pagamento do valor retirado do Porto do Itaqui.

Contra o tempo
Mesmo argumentando legalidade na ação da Emap, o fato é que o governo maranhense tenta agora desfazer o problema real que pode levar à anulação do contrato entre Estado e União que concede a administração do Porto do Itaqui ao governo estadual.
Na verdade, a gestão maranhense corre contra o tempo para evitar que o governo de Jair Bolsonaro tenha elementos reais que possam corroborar com a quebra da concessão e assim levar à retomada do porto.
Lembrando que o objetivo do Governo Federal é privatizar a gestão de portos e aeroportos.

Medo
O deputado Edilázio Júnior (PSD) usou as redes sociais para afirmar que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), teme, no caso do Itaqui, uma ação de improbidade administrativa.
Uma ação desse tipo, se julgada, poderia levar o gestor à inelegibilidade para 2022. Ou seja, o sonho de ser candidato à Presidência da República teria de ser adiado.
Ou então, poderia, em menor escala, arranhar a imagem do governador como candidato da esquerda a presidente da República.

Lados opostos
Os deputados federais ligados ao governo do Maranhão - em sua maioria - apontam para votar a favor da reforma da Previdência tão combatida pelo governador Flávio Dino.
Juscelino Filho (DEM), André Fufuca (PP), Marreca Filho (Patriota) e Pedro Lucas Fernandes (PTB) são nomes que já se posicionaram a favor do Governo Federal.
Dino ganhará na bancada maranhense no Senado. Tanto Eliziane Gama (Cidadania) quanto Weverton Rocha (PDT) já se posicionaram contra a proposta de Bolsonaro para a Previdência.

Adiamento
Sobre esta votação, os deputados federais do Maranhão acreditam que tudo será debatido e votado somente após o recesso.
Apesar da pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), os parlamentares querem mais tempo para articular e também buscar soluções para impactar menos suas bases.
Além disso, os que integram da base de Flávio Dino esperam se justificar e contornar o desgaste político da contradição entre política Estadual e nacional.

Encontro
Confirmada a presença de membros da direção nacional do PSL no Encontro Estadual da legenda no Maranhão.
A sigla vai atualizar seus filiados na sexta-feira, 12, sobre a legislação eleitoral atual e, claro, sobre cenários para as disputas municipais de 2020.
O PSL vem para o encontro com um quadro dividido com membros recentes (pós-Bolsonaro) mantendo a distância e conspiração contra a direção Estadual da legenda.

Mudança
A gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) comemora mais uma renovação da frota de São Luís.
Conforme previsto no contrato com empresas após a licitação, os ônibus estão sendo trocados para mudar o tempo da frota de 11 anos para 4,5 anos a média.
Ontem foram entregues por um dos consórcios que venceram a licitação (única nas gestões municipais) 300 novos ônibus climatizados.

DE OLHO

R$ 140 milhões é o valor que o governo do Maranhão está em negociação com a Advocacia-Geral da União (AGU) para devolução do repasse feito pela Emap.

E MAIS

• O Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão continua denunciando descaso do governo estadual com a categoria.

• O que causa estranheza em tantas denúncias é que o sindicato não faz assembleias para paralisar as atividades, como em gestões anteriores.

• São delegacias sendo despejadas, salários sem reajuste há quatro anos… e, apesar disso, o Sinpol somente reclama e reclama. Ações na justiça? Zero. Greves? Zero também.

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