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Toffoli entrega a Bolsonaro lista tríplice para vaga no TSE

Lista é encabeçada pela advogada Daniela Teixeira, que, na Câmara, publicamente defendeu a condenação de Jair Bolsonaro no caso em que ele é réu por incitação ao crime de estupro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Presidente do STF, Dias Toffoli, entregou pessoalmente lista tríplice do TSE ao presidente Bolsonaro
Presidente do STF, Dias Toffoli, entregou pessoalmente lista tríplice do TSE ao presidente Bolsonaro (Dias Toffoli)

BRASÍLIA

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, entregou pessoalmente ontem, ao presidente Jair Bolsonaro a lista tríplice para uma vaga de substituto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A relação é encabeçada pela advogada Daniela Teixeira, que já defendeu publicamente, em sessão da Câmara sobre violência contra mulheres, a condenação de Bolsonaro no caso em que ele é réu por incitação ao crime de estupro. O nome da advogada, ex-vice-presidente da OAB no Distrito Federal, foi chancelado por 10 ministros do Supremo.
Na semana passada, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do meio do presidente, usou a conta pessoal no Twitter para ironizar as chances de Daniela, sob a alegação de que ela "encheu a boca" na tentativa de "esculhambar" Bolsonaro e agora "quer cargo do presidente". "Um forte abraço", escreveu Eduardo Bolsonaro no Twitter, finalizando a mensagem com um emoji de risada.
Agora, na condição de presidente da República, caberá a Jair Bolsonaro escolher um dos três nomes da lista tríplice para ocupar a vaga de ministro substituto do TSE.
O nome de Daniela foi apoiado por 10 ministros do STF, que aprovaram a lista tríplice em votação secreta. Completam a lista os advogados Marçal Justen Filho, com 9 votos, e Carlos Mário Velloso Filho, com 8 votos.
O nome de Velloso Filho é considerado, hoje, o favorito para a vaga de ministro substituto. Ele é filho do ex-presidente do STF Carlos Velloso.

Punição
Durante sessão da Câmara dos Deputados em setembro de 2016 sobre violência contra mulheres e a cultura do estupro, Daniela disse que "a violência no Brasil contra a mulher tem nome, ela é violência familiar e acontece dentro de casa ou dentro do ambiente de trabalho. Enquanto esses agressores não forem punidos, a violência não vai diminuir".
“E eles devem ser punidos, sejam eles quem for, seja o marido da vítima, seja o coronel que está abusando de uma criança de dois anos, seja o promotor que está abusando de uma vítima durante ou seja um deputado que é réu, sim, numa ação já recebida no STF”, disse.

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