Explosão

Detento coordenou explosão de agência do BB no Calhau

Custodiado passou ordens a comparsas da Vila Conceição para o ataque à instituição financeira; o material explosivo usado na explosão foi preparado por eles na Vila Conceição

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Joel Maia e Alexandro Falcão foram apresentado ontem na polícia
Joel Maia e Alexandro Falcão foram apresentado ontem na polícia (Assaltantes)

SÃO LUÍS - A polícia afirmou ontem que a explosão do Banco do Brasil, no Calhau, ocorrida no último dia 3, foi coordenada de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas pelo faccionado Joel Maia Reis. Este criminoso foi preso por tráfico de droga em setembro do ano passado durante uma incursão da polícia, na Vila Conceição, área do Altos do Calhau. Há residências nessa localidade que está servindo de ponto de fabricação de artefato explosivo para ser utilizado em ações criminosas, principalmente em roubo a banco na Ilha.

O delegado Luciano Bastos, chefe do Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (Decrif), órgão da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), informou que ontem foram cumpridos três ordens de prisão em desfavor de Joel Maia, Paulo Roberto Gomes Silva, Seu Paulo, e Alexandro Falcão Olímpio, o Sabão, que já se encontram custodiados em Pedrinhas.

Esses criminosos são os “cabeças” de uma organização criminosa especializada em roubo a banco e tráfico de droga. A base é na Vila Conceição. O delegado também informou que Joel Maia, mesmo preso em Pedrinhas, conseguiu repassar as ordens para Seu Paulo, Sabão e outros bandidos explodirem a agência do Banco do Brasil no Calhau, na madrugada do último dia 3.

Durante essa ação criminosa, os bandidos não conseguiram levar nenhuma quantia em dinheiro, mas deixou um rastro de destruição na agência bancária. O teto despencou, as portas de vidro foram destruídas e os caixas eletrônicos viraram ferros retorcidos. Na parte externa do banco também havia sinais do ato criminoso. A calçada ficou coberta de estilhaços de vidro.

O criminoso Paulo Roberto Gomes Silva foi preso no dia 18 durante buscas realizadas por militares na Ilha. Com ele, a polícia aprendeu material explosivo, uma pistola austríaca, carregadores, munições, dois ósculos de proteção, duas máscaras, dois protetores auriculares, um par de luva, alicate e chave de fenda. Há informações de que pretendia atacar bancos na capital. No dia seguinte foi localizado Alexandro Falcão, na Vila Conceição, que estava com droga e armas municiadas.

Material explosivo

O delegado declarou, também, que no dia 19 foram localizadas residências, na Vila Conceição, que servem de pontos de fabricação de artefato de material explosivo. Nestes locais, a polícia encontrou canos de pvc, pólvora e foguetes. “Os criminosos compram foguetes e retiram a pólvora, que é colocado em canos de pvc para ser utilizado nos ataques”, explicou Luciano Bastos.

Ele disse ainda que as investigações vão continuar visando identificar e prender os outros integrantes dessa organização criminosa. “Até o momento, a polícia só prendeu maranhenses, mas existe a possibilidade de assaltantes de outros estados fazerem parte desse bando”, declarou o delegado.

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