SÃO LUÍS - Três mortes já ocorreram em unidades de segurança no estado em menos de um mês. O último caso ocorreu na manhã desta segunda-feira, 17, em uma das celas da Delegacia Regional de Imperatriz (DRI) e a vítima foi Leandro Tavares de Sousa, de 26 anos. A polícia informou que existe a possibilidade de ele ter sido vítima de uma overdose.

Leandro Tavares havia sido preso na noite do último domingo, 16, acusado de ter realizado um quebra-quebra na residência de sua genitora e em uma igreja evangélica. O detido foi apresentado no plantão da Polícia Civil da cidade e amanheceu sem vida em um das celas.

Os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) estiveram no local e informaram da possibilidade de a vítima ter morrido por overdose. O corpo de Leandro Tavares foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade para a autópsia e o resultado do exame pericial será anexado ao inquérito da Polícia Civil.

Somente no período da tarde de ontem que o corpo da vítima foi liberado para os familiares. A polícia informou que a Leandro Tavares respondia em liberdade pelo crime de Maria da Penha. Inclusive, ao ser preso ele usava uma tornozeleira eletrônica.

Flagrante

A outra morte de detento em Imperatriz ocorreu no dia 28 do mês passado. Na oportunidade, 10 custodiados do Presídio Regional de Imperatriz, no bairro Itamar Guará, foram autuados em flagrante pela morte de Daniel Pereira da Silva, de 19 anos. Entre os autuados, apenas dois, Antônio Nunes da Silva Filho e Thallys Nogueira confessaram a participação do crime.

De acordo com a polícia, a informação a princípio era de que Daniel Pereira havia se enforcado, mas por meio dos exames periciais, foi constatado o homicídio. O interno foi assassinado e ainda teve as mãos amarradas. A ação criminosa foi exposta na rede social. Daniel Pereira era condenado a 21 anos por latrocínio (roubo seguido de morte), que teve como vítima o mototaxista João Paulo Uchôa Peixoto, o Panda, crime ocorrido no mês de dezembro de 2017, em Imperatriz.

Pedrinhas

Na última quinta-feira, 13, o detento Mário Cleyton Pereira Silva, de 22 anos, foi encontrado morto na área de “banho de sol” da Unidade Prisional de Ressocialização São Luís 6 (UPSL 6), que pertence ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), informou, por meio de nota, que a direção do presídio comunicou a ocorrência às polícias Civil e Militar e acionou os peritos do Instituto de Criminalística (ICRIM) para iniciar as investigações com o objetivo de descobrir as reais circunstâncias do crime.

Há informações de que a vítima era de facção criminosa e teria sido transferido para uma ala de faccionais rivais. O recomendável que os presos ficam alojados em uma ala de uma mesma facção criminosa. Até ontem a polícia não tinha conseguido identificar a autoria desse crime.

Saiba mais

O criminoso Luís Fernando Franco Nascimento, o Neguinho do Coió, foi morto na madrugada do dia 30 de janeiro deste ano após invadir a Delegacia Regional de Balsas para tentar assassinar a golpes de faca um dos seus desafetos, um adolescente, de 16 anos, que estava em uma das celas dessa unidade prisional. A polícia informou que Neguinho do Coió respondia a vários crimes, inclusive, por roubo, mas, mesmo assim, estava em liberdade.

Entenda

Mortes em presídios do Maranhão

Dia 28 de maio: Daniel Pereira da Silva, de 19 anos, encontrado morto no Presídio Regional de Imperatriz, localizado no bairro Itamar Guará.

Dia 13 de junho: o detento Mário Cleyton Pereira Silva, de 22 anos, foi assassinado na área de “banho de sol” da Unidade Prisional de Ressocialização São Luís 6 (UPSL 6).

Dia 17 de junho: Leandro Tavares de Sousa, de 26 anos, foi achado morto em uma das celas da Delegacia Regional de Imperatriz.

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