Editorial

As incertezas na economia brasileira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

Embora o potencial de consumo no Brasil e no Maranhão seja estimado em R$ 4,7 trilhões e R$ 84,3 bilhões, respectivamente, de acordo com dados do Índice de Potencial de Consumo - IPC Maps, o empresariado não está tão confiante assim, posto que o atual cenário econômico não seja de otimismo.

Inflação em alta, desemprego atingindo mais 13 milhões de pessoas em todo o país, falta de investimento público e de um plano de governo que dê perspectiva concreta aos brasileiros - e não se ficar preso na expectativa por parte da União em relação à reforma da Previdência - da entender que estamos longe de uma luz no fim do túnel.

Por mais que haja uma expectativa de melhoria da economia, a situação não é das melhores, principalmente para as classes menos favorecidas, as mais prejudicadas em tempos de crises. E justamente, segundo o IPC Maps, as categorias D/E responderão por um consumo de R$ 13,6 bilhões (19,8%).

Os últimos dados apresentados por órgãos oficiais, bancos e empresas mostram que a situação ainda é de muita preocupação sobre os rumos do país. A última Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, referente a abril, na avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o volume de vendas no comércio varejista brasileiro continua emitindo sinais de desaceleração no curto prazo.

Ou seja, o volume de vendas do varejo segue sendo afetado pela fragilidade das condições de consumo, especialmente, diante do atual cenário do mercado de trabalho.

Esse resultado apresentado pelo IBGE foi suficiente para a CNC revisar para baixo sua expectativa para a variação das vendas em 2019. A entidade projeta crescimento real de +4,5% em relação ao ano passado ante uma expectativa anterior de +4,9%. Nos dois últimos anos, o volume de vendas do varejo brasileiro variou +4,0% e +5,0%, respectivamente.

No caso da indústria, e em especial no Maranhão, o Índice de Confiança do Empresário Industrial do Maranhão (ICEI-MA) registrou o quarto declínio consecutivo este ano. O índice já acumula uma queda de 11,3 pontos em cinco meses, de acordo com estudo da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em maio, registrou 54,0 pontos, estabelecendo-se 3,93 pontos abaixo da sua média histórica (57,93) e 2,5 pontos abaixo do índice nacional.

Já o setor específico da construção civil apresentou um declínio acentuado da confiança (-2,2), ficando abaixo dos 50 pontos, e também pontuou expectativas pessimistas para os próximos seis meses. O resultado acusa uma maior sensibilidade do segmento ao cenário econômico que se apresenta. Por outro lado, a indústria de extração e transformação apresentou uma variação de apenas 0,3 pontos em relação a abril no ICEI-MA e registrou altos índices de expectativa.

O certo é que a atual situação econômica, de incerteza e falta de credibilidade, além da questão de corrupção, vem causando muita preocupação a toda parcela da população, seja empregador ou empregado. E isso, com certeza cria um cenário de insegurança e dúvidas se o Brasil conseguirá sair desse “buraco”.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.