Dos 27 governadores do Brasil, somente dois não assinaram a carta de repúdio contra a retirada dos estados e municípios na reforma da Previdência que tramita, atualmente, na Câmara dos Deputados. Os dois governadores foram o da Bahia, Rui Costa (PT), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). O comunista deixou claro que a carta não estava satisfatória e, por isso, não assinou.
Apesar da declaração do governador do Maranhão, pela posição que vem adotando - de ser favorável a uma previdência única -, a impressão que fica é a de que sua posição passa mais pela política, ou melhor, contra a política do governo Bolsonaro.
No entanto, Dino já foi alertado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, da real possibilidade de o Maranhão ficar sem dinheiro nem mesmo para manter a folha de pessoal.
Parece ser necessária a postura de gestor ficar maior do que a de militante político. Apesar das pretensões de Flávio Dino ser candidato à Presidência da República, em 2022, é preciso, neste momento, se voltar para problemas que estão próximos, como a falta de recursos para pagar os aposentados e pensionistas do estado já no fim do ano, conforme disse o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
E da parte dos legisladores, se faz necessário que mudanças sejam feitas no texto original vindo o Palácio do Planalto, para evitar prejuízos sociais, principalmente aos mais pobres.
No fim de tudo, se a política partidária e os projetos de poder dos atores políticos foram deixados de lado momentaneamente, talvez a reforma da Previdência passe dentro dos limites necessários alertados pelos especialistas.
Visita
O governador Flávio Dino esteve ontem com o ex-presidente Lula, em Curitiba, onde o petista está preso desde abril de 2018.
O comunista passou cerca de uma hora na cela do ex-presidente, e a conversa teria sido sobre a soberania nacional.
Esta é a terceira vez que Dino vai a Curitiba e a segunda que visita o petista. O governador do Maranhão aposta suas fichas para ser o nome de Lula para a disputa eleitoral de 2022 para o Palácio do Planalto.
Barrados
Os deputados estaduais da Comissão de Assuntos Econômicos foram barrados na porta de uma empresa privada que explora gás natural no Maranhão.
Revoltados, os parlamentares reclamaram e até repudiaram a atitude da direção da empresa.
Mas bater com a cara na porta não foi suficiente para tirar o humor dos parlamentares - maioria de primeiro mandato. Os deputados fizeram pose e sorriram para foto mesmo após serem menosprezados.
Tratamento
E falando em deputados desdenhados, os que compõem a Comissão de Obras da Assembleia também receberam um tratamento diferenciado, mas para ruim.
Ao contrário do que ocorre comumente, os parlamentares da comissão terão de ir até o secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, e não o contrário.
Ou seja, Noleto conseguiu barrar sua ida à Assembleia no plenário e na comissão e mostrou como deputado da base governista deve ser tratado.
Livrou-se
O senador Weverton Rocha (PDT) conseguiu ter seu nome excluído da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão.
A ação é do caso da chamada “farra dos capelães” e o pedetista afirmava que a nomeação de líderes religiosos para cargos no Sistema de Segurança não teve qualquer influência em sua candidatura.
A maioria da Corte Eleitoral do Maranhão entendeu que os argumentos são válidos. Somente o juiz federal Wellington de Castro divergiu da maioria.
“Meu Prefeito”
Alguns deputados estaduais trataram como “Meu Prefeito” o presidente da Câmara Municipal de São Luís, Osmar Filho (PDT), que esteve na Assembleia Legislativa do Maranhão na última quarta-feira.
O pedetista realizou mais uma visita de cortesia à Casa com o objetivo de estreitar os lanços institucionais.
Osmar é pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PDT, cujos caciques já declararam apoio ao seu nome.
Campanha
Uma campanha na Zona Rural de São Luís vai ser iniciada contra a transformação de 40% da área rural em urbana.
A modificação está prevista no novo Plano Diretor que será apresentado pela Prefeitura de São Luís e que vem preocupando moradores da região.
As movimentações serão compostas por reuniões e pressão tanto na gestão municipal quanto nos vereadores da capital.
DE OLHO
R$ 2 milhões é o valor de um contrato da Prefeitura de Barra do Corda, comandada por Eric Costa, que está sendo alvo do Ministério Público Estadual.
E MAIS
• Aliados do governo estadual dizem que o site oficial da gestão foi invadido e uma notícia falsa postada dando conta do falecimento do deputado Márcio Jerry (PCdoB).
• Se teve invasão por hacker, o Governo do Estado não emitiu qualquer nota oficial ou retirou do ar o site. Muito menos foi dado qualquer detalhe.
• O silêncio da gestão estadual é estranho, mas não mais que o alarde que Jerry deu nas redes sociais para um fato que, até ele se manifestar, não estava circulando em qualquer grupo de conversa, como disse o comunista.
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