Os degraus que contam parte da história da cidade

As famosas escadarias de São Luís

É a partir de algumas delas que é possível entender fatos marcantes de uma cidade que, a cada esquina, revela situações pouco conhecidas

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

As edições impressa e digital de O Estado deste fim de semana trazem um registro nobre e imperdível das escadarias que compõem o acervo arquitetônico ludovicense. É a partir de algumas delas que é possível entender fatos marcantes de uma cidade que, a cada esquina, revela situações pouco conhecidas.

Uma delas se refere ao Beco do Silva (ao lado do Grand Hotel), que dá acesso à Avenida Pedro II. Por influência e estudo do brilhante historiador Euges Lima, que atualmente ocupa a vice-presidência do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), foi possível parcialmente concluir que, pelos degraus da via urbana, passaram “curiosos” que desejavam ver a decapitação de Manoel Beckman (um dos líderes da Revolta de Beckman).

Apesar da relação entre a estrutura e o fato histórico, o próprio pesquisador faz a ressalva de que a primeira referência mais plausível à escadaria do “Silva” é do século XIX, período à frente do auge do acontecimento revolucionário. Por enquanto, a tese do historiador – por mais que esteja próxima da verdade – ainda não foi comprovada com dados mais concretos.

Outras escadarias belas do cenário urbano também foram apresentadas. As da Igreja do Carmo registram uma história, no mínimo, curiosa. No início do século XX, a estrutura era central, no entanto, cinquenta anos antes, havia documentos que comprovavam que as escadarias eram laterais – tais quais se apresentam atualmente. Mesmo após pesquisa minuciosa, por enquanto, não se tem uma razão oficial para o porquê do retorno da lateralidade na configuração.

A escadaria da rua Humberto de Campos – esquina com a Rua do Giz – no Centro Histórico também serviu de cenário para novelas e, anteriormente, era uma ladeira. Já a da Rua do Giz é marcada pelos encontros sociais e alta concentração de estabelecimentos.

No Beco Catarina Mina, também no Centro Histórico, a escadaria é a mais “suntuosa”, pela sua composição (com pedras especiais) e complexidade na construção. Atualmente, a escadaria recebe mesas e outras estruturas que constituem anexos dos vários estabelecimentos ali existentes.

As escadarias registradas em reportagem não apresentam somente elementos de beleza. A escadaria da rua João Henrique, ao lado do antigo Sioge, é das mais deterioradas. Até o momento, não há projeto de recuperação do local.

Problemas à parte, as escadarias ainda são, sem sombra de dúvida, um elemento de beleza viva na bela São Luís!

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