COLUNA

Exemplo a ser seguido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

A política de resíduos sólidos no Brasil tem sido dura para que estados e municípios se ajustem às exigências previstas em lei. Tempo foi dado e mesmo assim há exemplos próximos de que a legislação não vem sendo cumprida.
Santo Amaro e Paço do Lumiar são exemplos dados em nível nacional pelo ministro de Meio ambiente, Ricardo Salles, ao visitar o estado.
Infelizmente, a exposição leva para outros estados do Brasil que o Maranhão tem problemas sérios com lixões.
Considerando as condições econômicas e sociais, os demais municípios do Maranhão poderiam buscar o exemplo da capital, São Luís, que vem implementando uma política de resíduos sólidos que ultrapassa a velha cobrança por coleta diária de lixo nas ruas.
Lixões são passado na capital (apesar dos pontos em bairros que mesclam uma necessidade por serviço mais eficiente na periferia e a educação do cidadão). Os ecopontos sanaram as questões quanto ao descarte de “lixos maiores”, como entulhos, e a educação da sociedade faz parte do calendário do município em escolas, eventos e vias públicas.
Que o Maranhão seja representado mais pelo que há de positivo no estado. Que cidades como Santo Amaro e Paço do Lumiar cumpram o que diz a legislação e passem a fazer parte de um Maranhão mais positivo não somente na imagem para quem visita o estado, mas, principalmente, para o cidadão, que mantém toda a estrutura pública.

Culpa de terceiros
E em seu melhor estilo de culpar os adversários, o prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB), já apontou terceiros por problemas em lixão expostos pelo ministro Ricardo Salles.
Segundo nota de Dutra, o espaço é particular. E notificações foram feitas ao proprietário.
E, claro, o prefeito de Paço do Lumiar culpou adversários políticos pela crítica do ministro.

Perseguição
E essa justificativa de Domingos Dutra não se resume a uma manifestação de um ministro de um “governo de direita”.
O prefeito reclama também de uma certa “perseguição” do Ministério Público contra a sua gestão.
A “perseguição” são ações do MP contra o que considerou atos de improbidade administrativa na gestão municipal.

Unidos
E ainda falando em Paço do Lumiar, a decisão judicial favorável ao Município proibindo a greve dos professores parece não ter intimidado os docentes em paralisação.
E o motivo é simples: a categoria está toda unida e vem pressionando o Município a cumprir questões constitucionais.
A prova de que os professores sabem do impacto da greve é que a Prefeitura anunciou que vai chamar os excedentes do seletivo do ano passado para assumir as vagas e assim iniciar o ano letivo na cidade.

Mais adiamento
A base governista na Assembleia Legislativa tem segurado de todas as formas a apreciação do parecer do pedido de empréstimo do governo estadual.
Há mais de três semanas na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, o parecer do relator, Yglésio Moises, vai ser apreciado somente amanhã.
Seria ontem. Mas a base do governo da Assembleia não tinha certeza da aprovação do parecer, que por sinal é favorável.

Bater assopra
Continuando sobre a atuação da base governista, os aliados do Palácio dos Leões parecem trabalhar na “política do bate e assombra”.
Ainda mesmo que travando uma matéria importante para o governo, os deputados da base aprovam ou negam matérias consideradas menos impactantes.
Um exemplo foi o pedido de convocação do presidente da Emap, Ted Lago, feito pelo deputado César Pires (PV), para explicações sobre investigação da Antaq sobre o Porto do Itaqui.

Pistolagem
Há muito, representantes de partidos no Maranhão como PDT, PCdoB, PSB e PT cobram solução para o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
No entanto, os crimes de execução de políticos no Maranhão não chamam a mesma atenção dos representantes da população.
O vereador de Maranhãozinho Jango (PSD) foi executado no início da manhã de ontem.
Além dele, outros cinco políticos, envolvendo vereadores e prefeitos, perderam a vida nos últimos dois anos. Pelos casos, é natural a cobrança para elucidação dos assassinatos.

DE OLHO

R$ 141 milhões é o valor que a AGU quer que a Emap devolva ao Porto do Itaqui.

E MAIS

• Faz sete anos da morte do jornalista Décio Sá e ainda restam esclarecimentos quanto ao assassinato, que tem a prisão do executor e não do mandante.

• Fica a dúvida se há ainda arestas quanto ao nome (ou nomes) que determinaram e pagaram pela execução do jornalista.

• O secretário estadual de Segurança, Jefferson Portela, teve a oportunidade de reabrir a investigação, mas preferiu mandar arquivar.

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