COLUNA

De volta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

O deputado estadual Fábio Macedo (PDT) retornou à Assembleia Legislativa. Como se nada tivesse acontecido, o pedetista foi à sessão na Casa normalmente, ontem, após 30 dias afastado para tratamento de saúde.
Afastamento que se deu após o parlamentar se envolver em uma confusão na cidade de Teresina, no Piauí, que teve um músico agredido pelo deputado e um policial militar ameaçado de morte por ele.
Chama atenção como os deputados estaduais reagiram ao fato: fingindo que não aconteceu. Nem governistas e nem oposição fizeram qualquer menção de que iriam entrar com representação contra Fábio Macedo por quebra de decoro parlamentar, já que toda a ação truculenta do deputado foi gravada em vídeo e em áudio.
Macedo voltou sem ainda ter motivos para se preocupar quanto à postura que o PDT terá diante da confusão que ele causou. Assim como os deputados, a direção estadual da legenda fingiu que nada aconteceu.
O deputado pode voltar à sua cadeira na Assembleia sem ter a menor preocupação de que será investigado o que ele disse ao ameaçar de morte o policial militar.
É assim.

Censura
A censura estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dois sites levantou, no Maranhão, a bandeira da liberdade de expressão.
Deputados e senadores se colocaram como árduos defensores da liberdade de expressão, mesmo aqueles que por mais de uma vez entraram na Justiça contra jornalistas e meios de comunicação.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania), por exemplo, que entrou com processos contra jornalistas e blogs durante a campanha eleitoral, chegou a criticar o Supremo e dizer que censura não combina com democracia.

Desculpa
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), justificou a ausência de investimentos no estado devido ao quadro financeiro do país.
“Com a economia parada, como recuperar estradas, ampliar hospitais, realizar concursos e pagar servidores?”, reclamou.
Se os R$ 2 bilhões investidos em estradas e vias urbanas tivessem sido aplicados em obras de qualidade, o governo estadual não precisaria se preocupar em aplicar mais dinheiro público em reparos.

Evidente
Está evidente a manobra do Governo do Maranhão em postergar a discussão do pedido de empréstimo, encaminhado pelo Executivo, de R$ 623 milhões.
O relatório elaborado pelo deputado estadual Yglésio Moyseis (PDT) está pronto, mas não há por enquanto linha de crédito para a aquisição do valor.
Aliados não sabem o que fazer diante da situação.

Mudanças
Depois de muita especulação, o governador Flávio Dino confirmou mudança no comando geral da Polícia Militar.
Saiu o coronel Jorge Luongo e entrou o coronel Ismael Fonseca, que comandou o Centro Tático Aereo (CTA).
Luongo passou praticamente um ano no comando da PM após saída do coronel Frederico Pereira, que disputou a eleição para deputado estadual e teve votação inexpressiva.

Espionagem
No tempo em que esteve no comando da PM, Jorge Luongo enfrentou situações que levaram a seu desgaste.
A primeira foi a circular com determinação para que a PM espionasse adversários políticos do governador Flávio Dino nas eleições de 2018.
Depois, um áudio do ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério Sousa, que disse ter articulação dentro da Secretaria de Segurança para facilitar um esquema de contrabando de mercadorias. O ex vice-prefeito disse que a mudança no comando da PM, na época, favoreceu para complicar o esquema.

DOE
A autorização para a presidente do Procon, Karen Barros, viajar para os Estados Unidos somente foi publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira, 12.
Ela viajou para participar da Brazil Conference at Harvard & MIT 2019 ao lado do namorado, o deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB), ex-presidente do Procon.
O correto seria a autorização da viagem de Barros ser publicada, para depois ela deixar o país. Mas, isso não aconteceu e ela não deverá sofrer qualquer sanção por isso.

DE OLHO
R$ 213 milhões é o valor empenhado para a Polícia Militar do Maranhão, em 2019. A corporação foi a que mais consumiu orçamento estadual. Os gastos (colocados como liquidados) representam 16% do que já foi utilizado pelo governo este ano.

E MAIS
• O Tribunal de Contas do Estado (TCE) registrou que somente três prefeituras do Maranhão deixaram de entregar suas prestações de contas do exercício financeiro de 2018.

• Já há informações de que o novo comandante geral da PM, coronel Ismael, é um desafeto do secretário de Segurança, Jefferson Portela. Será que no atual governo se repetirá o que ocorreu na administração Jackson Lago?

• Em 2007, assumiu a SSP Eurídice Vidigal, que era desafeta do então comandante-geral da PM, coronel Francisco Melo. Por mais de uma vez, Vidigal e Melo se confrontaram.

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