Iniciativa solidária

Moradores de rua recebem café da manhã e auxílio em ação social

Atividade aconteceu na Praça João Lisboa, no centro da capital, por iniciativa do Ministério Amigos de Cristo, que também acolhe moradores de rua em duas unidades, sendo uma no Olho d’Água e outra em Panaquatira

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
O domingo começou melhor para as pessoas em situação de rua que perambulam pelo Centro Histórico
O domingo começou melhor para as pessoas em situação de rua que perambulam pelo Centro Histórico (moradores de rua)

Moradores de rua da área do Centro Histórico de São Luís tomaram um café digno na manhã de ontem, na Praça João Lisboa. Graças à iniciativa de um grupo de voluntários do Ministério Amigos de Cristo, localizado no Olho d’Água, uma igreja-abrigo que acolhe 40 pessoas carentes, eles tiveram a primeira refeição do dia. A iniciativa tem à frente o pastor Marco Aurélio Arraes, que coordena o trabalho solidário há 4 anos. Foram distribuídos 150 pães com presunto e nove litros de chocolate.

“Quando viemos para o Centro Histórico de São Luís, trazidos por um amigo, vimos a situação dessas pessoas e tivemos essa ideia, que inclui ainda a doação de macarronada nas quintas-feiras. Por meio dessa iniciativa, muitos decidem sair dessa vida e aceitam nosso convite para ir para a ‘Casa do Papai’, onde abrigamos essas pessoas. As unidades ficam no Olho d’Água e em Panaquatira. Esse trabalho acontece graças à boa vontade de voluntários e recebe ajuda dos membros da nossa igreja”, explicou pastor Marco Aurélio Arraes.

Graças ao trabalho da igreja, há pessoas sendo recuperadas, inclusive das drogas. E essas pessoas estão ajudando outras. Como é o caso de Francisco Filho, que morou 20 anos nas ruas e teve sua vida completamente transformada. “Saí de casa por problemas com a família e fui morar na ruas, onde me envolvi com as drogas. Cheguei a pesar 35 kg. Graças a Deus, tive a ajuda dessa igreja e hoje ajudo eles a ajudarem outras pessoas, as quais, como eu, estão precisando de uma mão para mudar suas vidas”, disse.

Atualmente, as duas casas que acolhem ex-moradores de rua abrigam 40 pessoas no total. Elas praticam atividades físicas e têm aulas de artes e de música, entre outras coisas. Muitos não querem mais voltar e tornam-se voluntários. Sabemos que existem muitas mini-cracolândias em São Luís e queremos reduzir o número de pessoas que frequentam esses espaços, reféns das drogas”, finalizou pastor Marco Aurélio Arraes.

SAIBA MAIS

Em São Luís, trabalho parecido é feito também pelo Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas, que este ano desenvolveu uma ação na área do Mercado Central, mas voltada para a saúde, com a participação de médicos, enfermeiros, psicólogos e enfermeiros. A área reúne grande concentração de dependentes químicos.

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