Artigo

Em defesa do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

O transtorno causado pela má qualidade e demora da conclusão das obras, além dos problemas surgidos na duplicação da rodovia BR-135, no trecho Estiva-Bacabeira, como buracos, fissuras e depressões na estrada recentemente inaugurada e entregue ao tráfego, foram o estopim para a vinda do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e do diretor-geral do Dnit, Antonio Leite Filho, a São Luís. Em visitação ao local, puderam constatar o estágio bastante deteriorado do pavimento e o grande desleixo com o dinheiro público.

As autoridades foram cientificadas desses entraves após intensos reclamos da Fiema - talvez a única representante das classes produtoras - que há algum tempo, através do seu Conselho Temático de Infraestrutura e Obras, vem exigindo solução para esse impasse que tanto prejudica a economia e o desenvolvimento maranhenses.

O pleito da entidade industrial ecoou através do apoio da bancada federal que abraçou a causa e sensibilizou o Palácio do Planalto. Com a pressão da base aliada, Brasília resolveu enviar o ministro ao nosso estado para conhecer a triste realidade relatada por diversas vezes pela Fiema ao DNIT, o órgão competente para resolver a demanda. Após visita técnica ao local, entreguei ao ministro Tarcísio Freitas, na presença do vice-governador Carlos Brandão e dos nossos parlamentares, documento apontando os entraves causados pelo atraso nas obras e pelo péssimo estado no trecho liberado para uso em janeiro do ano passado. No texto sinalizamos os entraves causados pela obra, solicitando a intervenção do ministério junto ao consórcio detentor do contrato, para a imediata recuperação dessa importante estrada.

Parte da BR-135, única artéria rodoviária de entrada e saída de São Luís, está em situação deplorável, refletindo no aumento dos custos dos fretes, seguros, encarecendo os produtos e penalizando quem produz e depende dessa via para transportar insumos, alimentos, grãos e outros bens que geram prosperidade para o Maranhão. A via está repleta de problemas construtivos que causam acidentes graves ocasionando muitas mortes, enlutando muitas famílias. Além de tirar a vida das pessoas, coloca em risco a economia maranhense, travando o crescimento da nossa cidade e do estado.

Nossa tomada de posição em defesa da indústria e do desenvolvimento do Maranhão teve ajuda substancial dos deputados e senadores que, prontamente se aliaram a nossa causa, independente de cor partidária, e tiveram papel preponderante para defender essa causa que é de todos os maranhenses.

Estradas foram concebidas para circulação de mercadorias, escoamento da produção, estreitamento de comunidades e povos, transportar pessoas, difusão do turismo e à promoção do desenvolvimento econômico e social. Elas criam elos de prosperidade e alavancam o crescimento das regiões e das nações. Sem elas, aptas para uso, em bom estado de tráfego e em perfeitas condições de segurança, ao invés de se tornarem eixos de desenvolvimento, podem se transformar em gargalos difíceis de serem removidos.

Do jeito em que se encontra com quantidade enorme de acidentes, grande parte deles com morte, essa rodovia também causa enormes prejuízos aos veículos que ultrapassam bilhões de reais na substituição de peças danificadas e na reposição dos veículos que terão de ser consertados ou substituídos. Por essas assertivas é que a reivindicação que favorece todos maranhenses está sendo acatada pelo governo federal, que se comprometeu a tomar as providências para a reparação dos trechos danificados pela empreiteira detentora do contrato.

A estrada é a mais forte matriz de transporte e por ela circula quase toda a renda gerada no Brasil. Por sua supremacia, é que deveria ser dada a rodovia o mesmo tratamento proporcionado aos gramados das arenas de futebol, que, na quase maioria, via de dúvida, são sempre bem tratados. Se praticássemos esse mesmo direcionamento aos leitos rodoviários o público brasileiro iria aplaudir e fazer a sua parte para conservá-las.

Edilson Baldez das Neves

Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão - Fiema

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