COLUNA

Movimentações constantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

O jogo político-eleitoral nunca tem trégua nos bastidores. No Maranhão, as movimentações para as eleições de 2020 começaram ainda durante a composição das alianças para 2018. Após o resultado do pleito, as conversas ficaram mais intensas.
São Luís, claro, é o foco principal das articulações. Pela Prefeitura da capital, já há nomes e muitos movimentos sendo feitos. A maioria vem do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB). Pelo menos cinco já foram postos como possíveis candidatos.
E se o cenário atual seguir até o próximo ano é vantagem para o grupo comunista querer toda sorte de candidatos a prefeito. Até mesmo aqueles que poderão ter a mesma função de Ednaldo Neves, em 2012, para garantir a vitória de Edivaldo Júnior (PDT).
Pela oposição, o nome é do deputado estadual Adriano Sarney (PV). Apesar de não confirmar se será realmente candidato, o parlamentar garante que o seu partido entrará na disputa eleitoral em São Luís.
Existe ainda Eduardo Braide, que, assim como Eliziane Gama em 2016, é posto como um nome certo e com vantagens que possam garantir sua vitória. Resta saber se o deputado federal trilhará caminho diferente de Gama para não definhar e ir derretendo durante a campanha eleitoral até amargar uma quarta colocação, ficando com menos de dois dígitos no percentual de votação.

Como pode?
Os vereadores de São Luís inovaram na sessão de ontem, na Câmara Municipal de São Luís.
Mesmo sem comissão alguma instalada para dar parecer à proposta, os parlamentares - com exceção de Honorato Fernandes (PT) e Marcial Lima (PRTB) - aprovaram um projeto de lei de autoria da Prefeitura de São Luís.
A proposta chegou ontem à Casa e no mesmo dia foi aprovado sem que tenha o parecer de uma Comissão de Constituição e Justiça, por exemplo.

Mais gastos
A tal proposta é sobre um reparcelamento de uma dívida da Prefeitura com a empresa Slea, responsável pelo setor de limpeza urbana da capital.
Em 2015, a dívida foi renegociada pelo prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que pagou cerca de R$ 40 milhões dos R$ 90 milhões devidos.
Mas com a aprovação da proposta da Prefeitura pelos vereadores, a dívida voltará a ser renegociada, incidindo mais juros. Ou seja, mais dinheiro público indo pelo ralo.

Holofotes
O deputado Duarte Júnior (PCdoB) segue mantendo a postura de atrair holofotes. Ele, sempre acreditando ser o centro das atenções, voltou a atacar.
Dessa vez, atribuiu a si uma suposta renovação da frota de ônibus de São Luís. Segundo ele, graças à sua atuação como presidente do Procon, os empresários compraram veículos novos.
O deputado já foi contestado pela afirmação pelo secretário municipal de Trânsito e Transporte, Canindé Barros.

Licitação
Segundo Canindé Barros, a renovação da frota do transporte público da capital ocorreu após realização da licitação na área.
A licitação estabeleceu direitos e deveres às empresas concorrentes do certame.
Dessa vez, Barros realmente está correto. As empresas fizeram uma pequena renovação na frota dos veículos, conforme prevê o contrato assinado entre a Prefeitura e as empresas.

Esfriou
As chances do deputado federal Eduardo Braide migrar para o Podemos diminuíram nas últimas semanas.
De acordo com fontes próximas ao parlamentar, Braide ainda analisa (parece que para sempre) movimentos de deputados da bancada maranhense que podem ir para o PSL, partido de Jair Bolsonaro.
Outro fator que trava Eduardo é o cenário que se avizinha na corrida municipal. Uma mudança de partido poderia “espantar” eleitores neste momento.

Cobrança
Chamou a atenção a fala direta e enfática do deputado federal Hildo Rocha a O Estado ao comentar acerca da necessidade de empenho dos membros da bancada maranhense na liberação de emendas.
Segundo ele, é preciso lutar por estes recursos. “Se isso não acontecer, não adiantará ter os valores. É preciso empenho”, disse.
De acordo com Hildo, a última reunião da bancada foi positiva ao tratar do assunto.

DE OLHO
R$ 300 milhões é o valor de emenda de bancada impositiva prevista para os parlamentares do Maranhão, em Brasília, no orçamento de 2019.

E MAIS
• O governador Flávio Dino não perdeu tempo e foi para as redes sociais politizar a tragédia ocorrida em Suzano, em São Paulo.

• Em seu comentário, o comunista, claro, lamentou o ocorrido e logo falou em “Cultura da Paz”, que é uma forma de contrapor ao que ele mesmo chama de “cultura de violência” pregada pelo presidente Jair Bolsonaro.

• O problema é que nos comentários os internautas chamaram atenção do governador do Maranhão quanto à falta de segurança nas escolas estaduais, que estão sem vigilantes por determinação da Secretaria de Educação.

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