SEM DATA

Adiada reabertura da Maternidade Maria do Amparo, marcada para esta segunda (11)

Data foi mudada devido a atraso na conclusão de serviços de reparo na pintura e troca de lâmpadas; nova data ainda não foi divulgada

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Maternidade está fechada desde o fim do ano passado
Maternidade está fechada desde o fim do ano passado (maternidade fechada)

SÃO LUÍS- Os atendimentos na Maternidade Maria do Amparo, no Anil, seguem suspensos, de acordo com a direção do hospital. Apesar do retorno programado para hoje (11), a instituição ainda passa por reparos. Só após a conclusão as atividades serão retomadas. Segundo o diretor, a reabertura deve ocorrer ainda este mês, mas, até o momento, não há prazo definido. Enquanto isto, as gestantes continuarão sendo atendidas em outras maternidades de São Luís, como Benedito Leite e Marly Sarney, ambas na Cohab.

Após o vencimento do convênio firmado entre o centro Assistencial Elgitha Brandão e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), responsável pelo repasse do kit-médico, que garantia o funcionamento da Maternidade Maria do Amparo, os serviços precisaram ser suspensos, fazendo com que uma média de 190 partos por mês deixassem de ser realizados na instituição.

Um novo convênio foi firmado entre o centro e a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para que a maternidade voltasse a funcionar. No último dia 26 de fevereiro, O Estado noticiou que os serviços voltariam a ser realizados hoje, no entanto, o diretor do hospital e presidente do Centro Assistencial Elgitha Brandão, Paulo Henrique Ribeiro, informou que o prazo será prolongado para que alguns serviços sejam concluídos. Entre os reparos, pintura, troca de lâmpadas e outros pequenos serviços já estão sendo feitos gradualmente no prédio, como afirmou o presidente do centro.

“Estamos finalizando os ajustes que faltam. Nossa previsão é que até o final do mês já estejamos de portas abertas”, informou Ribeiro. A data precisa ainda não foi divulgada.

Relembre
A suspensão do atendimento a gestantes na Maternidade Maria do Amparo ocorreu pelo término do convênio com o Governo do Estado. No fim de 2018, o Governo deixou de dar a ajuda, por corte de gastos. Eles eram responsáveis por pagar o kit-médico, e esse valor era repassado diretamente aos profissionais que trabalhavam na maternidade. O kit-médico diz respeito aos salários dos obstetras, pediatras, ginecologistas e anestesistas, profissionais essenciais para o andamento das atividades na maternidade. Com o corte de gastos, foi disponibilizado apenas o obstetra no kit e o resto seria suspenso.

No último dia 13 de fevereiro, foi realizada uma reunião, organizada por uma comissão de vereadores, cujo representante, o médico Gutemberg Araújo (PRTB), avaliou como positiva o novo convênio com a Semus, que se responsabilizou em pagar pelo kit médico para a reabertura da Maternidade. “A Câmara Municipal, com a comissão formada, se tornou a interlocutora entre maternidade e Prefeitura, que vem sendo bastante compreensiva com a situação, visto que a ajuda repassada pela tabela do SUS tem valores defasados e não correspondem às despesas efetivamente realizadas com os profissionais”, explicou o vereador.

Lula Filho, secretário municipal de Saúde, reiterou que o Município entende a maternidade como um dos centros mais importantes para a saúde da mulher em São Luís. “Finalizamos os termos que estarão presentes no nosso novo acordo de convênio, entre Prefeitura e a Maternidade Maria do Amparo. Nós entendemos que a maternidade não tem a capacidade de continuar sem a contribuição estatal. Então, vamos assumir essa parte, para possibilitar que a maternidade volte a funcionar o mais breve”, confirmou Lula Filho.

SAIBA MAIS

Gastos

A maternidade realiza de 180 a 200 partos mensais, chegando a mais de 2 mil partos, anualmente. Isso representa 11% dos partos realizados em São Luís, além das demandas de outros municípios, que também recebem atendimento no local. Seu custo é de R$ 280 mil e o faturamento total, incluindo material, maternidade e ambulatórios é de R$ 220 mil, deixando um déficit de R$ 60 mil mensais, sem contar com os profissionais que dão plantão. Com o salário dos profissionais atuantes, que custava R$ 230 mil mensais para os cofres do Governo Estadual, o custo total ultrapassava os R$ 500 mil mensais.
No fim da reunião, ficou acordado que o valor que a Prefeitura vai assumir será de R$ 470 mil mensais, com possibilidade de chegar a R$ 518 mil, se houver produção. Com o acordo fechado, a reabertura da maternidade deve acontecer em, no máximo, 30 dias. Os vereadores se comprometeram, ainda, em destinar algumas emendas para a saúde, especificamente para contemplar assistência ao parto.

NÚMEROS

180 a 200 partos mensais
2 mil partos anuais
280 mil reais é o custo mensal
220 mil reais é o faturamento mensal, incluindo material, maternidade e ambulatório
60 mil reais é o déficit mensal
230 mil reais era o valor pago pelo Governo do Estado para o salário dos profissionais, antes do corte
470 mil reais mensais, com possibilidade de 518 mil reais, é o valor assumido pela Prefeitura

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.