Negociação

Rússia propõe negociações bilaterais sobre Venezuela

​Os dois países têm estado em desacordo sobre a campanha liderada pelos EUA pelo reconhecimento internacional de Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana

Reuters

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Legenda

Russia e Estados Unidos se mostram interessados em negociar a crime na Venezuela

MOSCOU - A Rússia está pronta para tomar parte em negociações bilaterais com os Estados Unidos sobre a questão da Venezuela, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia a seu colega norte-americano, neste fim de semana.

A situação na Venezuela foi o principal tópico de uma ligação telefônica entre o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov e o secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo, que ocorreu no dia 2 de março, disse o ministério russo em seu site.

“Em conexão com a proposta de Washington de realizar consultas bilaterais sobre o assunto da Venezuela, ficou posto que a Rússia está pronta para participar disso”, disse o Ministério em comunicado.

“É vital (esta discussão) ser estritamente guiada pelos princípios da Carta das Nações Unidas, uma vez que apenas o povo venezuelano tem o direito de determinar seu futuro”, disse o comunicado.

A Rússia e os Estados Unidos têm estado em desacordo sobre uma campanha liderada pelos EUA pelo reconhecimento internacional de Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana que se autodeclarou chefe de estado interino, sobre o presidente Nicolás Maduro.

Na ligação telefônica, iniciada pelos EUA, Lavrov condenou as ameaças que Washington fez em direção à “liderança legítima do país”, disse o ministro referindo-se a Maduro.

A presidente da Câmara Alta do Parlamento, Valentina Matvienko, advertiu, no entanto, que a Rússia fará todo o possível para evitar uma intervenção militar americana na Venezuela.

De acordo com a agência de notícias estatal Tass, Matvienko diss a vice-presidente da Venezuela Delcy Rodriguez, que está em visita a Moscou, que existe muita preocupação que “os EUA levem adiante provocações para encontrar uma justificativa para uma intervenção. “Mas faremos todo o possível para evitar isso”, afirmou Matvienko, que é aliada muito próxima do presidente russo, Vladimir Putin.

Mais cedo no mês, os Estados Unidos impuseram novas sanções a seis autoridades de segurança da Venezuela e revogaram os vistos de dezenas de associações e seus familiares com laços a Maduro, na última medida para fazer mais pressão para que Maduro renuncie.

Lavrov e Pompeo também concordaram em continuar as negociações no nível de expertise sobre Síria, Afeganistão e a península coreana.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.