CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou, nesta sexta-feira, 1º, na conta pessoal no Twitter, que sua determinação é promover, de forma pacífica, a cooperação e compreensão dos países com respeito e fraternidade. Ele não mencionou as reuniões do autodeclarado presidente venezuelano, Juan Guaidó, com os presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez, do Paraguai, ocorridas em momentos distintos.
"Nossa diplomacia bolivariana é de paz. É o caminho certo para atingir a compreensão, cooperação e respeito entre os povos da maneira mundo.
A Venezuela continuará a ultrapassar as dificuldades do bloqueio imperial e abrirá caminhos de fraternidade com as nações do mundo", disse nas redes sociais. Em outra postagem, Maduro cita de forma indireta as sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela. Segundo ele, as dificuldades serão revertidas em avanços. “As agressões imperiais contra a nossa economia, nos motivaram a dar um salto no desenvolvimento de tecnologias online para sermos cada vez mais eficientes e produtivas.”
No Twitter, Maduro aparece entregando cartas credenciais para os novos embaixadores da República Africana de Chade, Ngote Gali Koutu, e da Sérvia, Danilo Pantovic. A cerimônia foi na quinta-feira, 28, no Palácio de Miraflores.
Também na quinta-feira, Maduro recebeu o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Venezuela, Jan Harfst. Ele foi recebido pelo Chefe de Estado para avaliar o progresso da Venezuela na agenda de 2030.
ABANDONO
Ainda ontem, o líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que visitou o Paraguai nesta sexta-feira, 1º, para angariar apoio para uma mudança de governo em seu país, disse que 600 militares já abandonaram o governo de Nicolás Maduro nos últimos dias.
Guaidó, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, invocou cláusulas da Constituição para se autoproclamar presidente interino, argumentando que a reeleição de Maduro no ano passado foi fraudulenta.
Desde então, Guaidó foi reconhecido pela maioria das nações ocidentais como o líder legítimo da Venezuela.
“Nas próximas horas anunciaremos novas marchas de protesto”, disse Guaidó em uma coletiva de imprensa depois de se reunir com o presidente paraguaio, Mario Abdo, que recebeu o oposicionista como um chefe de Estado.
“Falamos claramente às Forças Armadas da Venezuela. Eles viram mais de 600 oficiais nos últimos dias mudarem de lado com a Constituição”, acrescentou. “Existe um processo muito claro de transição para a democracia.”
Sua equipe de imprensa disse que ele deve ir à Argentina ainda na sexta-feira para se encontrar com o presidente Mauricio Macri, um forte crítico de Maduro. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina confirmou que os dois se reunirão em Buenos Aires e concederão uma coletiva de imprensa.
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