Reunião

Trump e Kim Jong un encerram cúpula mais cedo e sem acordo

Presidente norte-americano diz que houve um bom progresso nos dois dias de negociações em Hanói, capital do Vietnã, na questão da desnuclearização

Reuters

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Donald Trump e Kim Jong un decidiram encerrar o encontro antes do tempo sem acordo
Donald Trump e Kim Jong un decidiram encerrar o encontro antes do tempo sem acordo (Trump)

HANÓI - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong un, encerraram ontem, 28, em Hanói, no Vietnã, sua segunda cúpula mais cedo sem ter chegado a um acordo. Uma declaração da Casa Branca diz: "Os dois líderes discutiram diversos meios para avançar a desnuclearização e conceitos econômicos. Nenhum acordo foi fechado desta vez, mas suas respectivas equipes esperam se encontrar no futuro".

Para o presidente Donald Trump, a falta de um acordo foi por causa de exigências inaceitáveis da Coreia do Norte para que sanções impostas pelos EUA ao país fossem retiradas.

Trump disse que houve um bom progresso nos dois dias de negociações em Hanói, capital do Vietnã, na construção de relações e na questão-chave da desnuclearização, mas afirmou que é importante não se precipitar e acabar em um acordo ruim.

“Foi tudo por causa das sanções”, disse Trump em entrevista coletiva após as negociações serem encerradas antes do previsto. “Basicamente, eles queriam que as sanções fossem retiradas por completo, e não podemos fazer isso.”

A Organização das Nações Unidas (ONU) e os EUA intensificaram as sanções sobre a Coreia do Norte quando o país realizou uma série de testes de mísseis nucleares balísticos em 2017, cortando as principais fontes de recursos do país.

Tanto Trump quanto Kim deixaram o local onde aconteceram as negociações, o hotel Metropole, da era colonial francesa, sem participar de um almoço a que, inicialmente, os dois iriam comparecer.

“Às vezes você tem que ir embora, e esta foi uma dessas vezes”, disse Trump acrescentando: “foi um abandono amigável”.

O fracasso em obter um acordo é um revés para Trump, um negociador de estilo próprio que está sendo pressionado nos EUA por suas relações com a Rússia e pelo depoimento de seu ex-advogado Michael Cohen, que o acusa de violar a lei no governo.

Trump disse que Cohen “mentiu muito” no depoimento que prestou ao Congresso em Washington na quarta-feira, embora tenha afirmado que seu ex-advogado falou a verdade quando disse que “não houve conluio” com a Rússia.
O fracasso das negociações com Kim também levantará questões sobre o preparo do governo Trump e sobre as críticas de alguns ao estilo de diplomacia adotado por ele.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que ainda deseja manter seu relacionamento com o líder norte-coreano, Kim Jong un, e que Kim prometeu não testar armas nucleares ou mísseis.

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