Editorial

Rua esquecida pede socorro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Importante via do bairro João Paulo, onde moram centenas de famílias, a Rua da Cerâmica tem trechos em que é praticamente impossível trafegar com segurança, tamanha a buraqueira que toma conta do pavimento. Para piorar, um bueiro sem tampa atormentava, até o início desta semana, a comunidade e colocava em risco a locomoção de pedestres, ciclistas e motociclistas, principalmente em momentos de chuva e ao anoitecer.
Além de ser alternativa de tráfego para o Coroado e via de ligação entre as avenidas São Marçal e dos Africanos, a Rua da Cerâmica faz parte do itinerário de algumas linhas de ônibus, como Vila dos Nobres/Monte Castelo e Coheb/Cerâmica. Indignados com o que classificam como descaso das autoridades públicas, moradores fazem um apelo para que a rua seja recuperada com urgência e alegam que vivem um drama, tamanho o abandono da via.
Não é difícil encontrar, na Rua da Cerâmica, quem conviva, diariamente, com o transtorno provocado pela falta de infraestrutura. Além do risco de queda em uma das crateras, a lama acumulada dentro dos buracos é outro incômodo para quem caminha pela extensa via. Como se não bastasse a destruição da camada asfáltica, que se intensificou no período chuvoso, um bueiro cuja tampa provavelmente foi furtada, representava, até dois dias atrás, grave ameaça a pedestres, sobretudo nos momentos em que a pista fica inundada pela água da chuva. À noite, quando se torna mais difícil avistar a ameaça, o perigo também aumenta.
Motoristas se queixam da dificuldade de trafegar na via e dos riscos de prejuízo material, já que a buraqueira pode furar ou rasgar pneus, danificar a suspensão e outros componentes dos carros. Quem se arrisca a dirigir todos os dias em meio aos buracos da Rua da Cerâmica diz que em alguns trechos é preciso fazer malabarismo para não cair em uma cratera ou vala e empenar uma roda, perder um pneu, quebrar um amortecedor ou danificar outra peça.
Agrava o problema o fato de a via ser estreita e ter fluxo de trânsito nos dois sentidos em quase toda a sua extensão. Nos pontos esburacados, há momentos em que ônibus e carros de passeio dividem o mesmo espaço, obrigando os condutores a usar o máximo de sua habilidade ao volante para desviar dos obstáculos e seguir adiante sem raspar ou amassar a lataria ao tocar em outro veículo ou mesmo avariar retrovisores.
A comunidade da Rua da Cerâmica pede socorro há anos e sempre se depara com o descaso dos governantes. O mínimo de atenção já seria suficiente para amenizar o incômodo para quem tem de se locomover em um ambiente onde o acesso é cada vez mais difícil. Que o silêncio e a cegueira das autoridades em relação aos múltiplos problemas da via deem lugar a uma ação efetiva, capaz de viabilizar uma locomoção segura, algo que também favorece a melhoria da qualidade de vida.

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