COLUNA

Longe do fim

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

A eleição pela a presidência do MDB no Maranhão vai se estender até maio deste ano. Inicialmente marcada para o fim do ano passado, a escolha do novo presidente da legenda acabou adiada no Maranhão.
O motivo principal é a divergência entre dois detentores de mandato no partido: Roberto Costa (deputado estadual) e Hildo Rocha (deputado federal). Além da divergência interna - baseada na tese de inovação na sigla -, há ainda também as divergências nacionais do MDB. O partido busca a renovação em seus quadros e de postura diante dos resultados das urnas em 2018.
A Executiva Nacional do MDB decidiu deixar para setembro deste ano a escolha da nova direção. Com isso, o prazo estadual se estende e abre espaço para mais tempo de negociação interna da legenda.
A atual direção estadual da sigla, sob o comando do ex-senador João Alberto Sousa, defende abertamente um consenso no Maranhão.
O problema é que os dois representantes da sigla no estado, que querem o comando do partido, decidiram não estreitar o diálogo e aumentar a disputa interna.
O fato é que até maio os emedebistas maranhenses terão de definir se disputarão voto a voto o comando da sigla ou se, antes disso, chegarão a um consenso que possa beneficiar a legenda já em 2020 em vários municípios do estado.

Guerra velada
Roberto Costa e Hilon Rocha estabeleceram uma "guerra velada" por meio de veículos de imprensa para tentar fortalecimento no pleito interno.
Cada um dos deputados planta informações com dados, nomes e locais que a direção estadual, sob o comando do ex-senador João Alberto Sousa, não confirma.
Além disso, a maioria do MDB no estado pede explicações sobre a eventual aproximação do partido com o governador Flávio Dino (PCdoB).

Contrassenso
Pelas redes sociais, o governador Flávio Dino e seus aliados estão criticando ferozmente a proposta de Reforma da Previdência do Governo Federal.
Isso, no mínimo, é um contrassenso dos comunistas, já que na gestão Dino os cofres do fundo de aposentadoria dos servidores foram esvaziados.
E outro ponto a destacar é que o governador deverá fazer uma reforma da Previdência por aqui também. Resta saber se ele realmente vai atacar os privilégios.

Cadê a cobrança?
O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) bem que poderia mostrar que é um político diferenciado e cortar na própria carne para dar o exemplo.
O comunista tem insistentemente pedido explicações do PSL sobre uma suposta candidata laranja do partido em Pernambuco.
Se fosse realmente justo, Jerry pediria explicações ao aliado de seu governador, Cléber Verde, que preside o PRB no Maranhão, partido que teve uma candidata a deputada estadual que recebeu cerca de R$ 550 mil e teve somente 161 votos.

Demagogia
Maria das Rosas, de São José de Ribamar, concorreu à Assembleia Legislativa pelo PRB e recebeu mais dinheiro e menos votos que a candidata do PSL em Pernambuco.
Mas o homem que era forte no governo Flávio Dino não quer saber de explicações do aliado. Afinal, o ônus é para os inimigos e o bônus para os amigos.
Para um deputado de primeiro mandato, Jerry não demonstra acrescentar práticas novas ao colegiado de Brasília.

Debate
A Câmara Municipal de São Luís vai realizar, hoje, painel para debater o Plano Diretor da capital.
O tema principal do encontro será a redução da área da Zona Rural da cidade. Isso implica em complicações para moradores de várias áreas de São Luís.
Um exemplo que deixará de ser área rural será a comunidade do Coqueiro, que deverá abrigar um porto particular e, por isso, se tornará futuramente (com autorização da legislação) zona urbana.

Reunião
A bancada maranhense na Câmara dos Deputados se reuniu na terça-feira, 19, pela primeira vez.
Mas o encontro não foi para debater questões internas, como a liderança da bancada do Maranhão pelos próximos dois anos.
Os parlamentares debateram a proposta de combate a irregularidades no sistema previdenciário.

DE OLHO
R$ 140 milhões é o total, segundo ação contra o governo Flávio Dino, de recursos retirados do Porto do Itaqui até 2018.

E MAIS
• O deputado Arnaldo Melo parece não suportar o peso de pertencer à oposição. Com menos de um mês no mandato, o ex-presidente da Assembleia já esteve nos Leões.

• Arnaldo jura que foi tratar de um aluguel de sua clínica pelo Governo do Estado, em Colinas. Ora, se Melo quer mesmo isso, terá de pular para a base governista.

• Como parte de sua possível ida para a situação, Arnaldo Melo já até reclama do seu partido, MDB. A mesma legenda que garantiu a ele duas vezes a presidência da Assembleia e ainda um tempo como governador.

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