TERESINA - O soldado da Polícia Militar do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, vai ser transferido por toda esta semana da Penitenciária Irmão Guido, na capital, para o presídio José Arimateia Barbosa Leite, em Campo Maior, em cumprimento de uma ordem judicial. Segundo a polícia, ele foi preso em flagrante acusado pelo assassinato a tiros do cabo da Polícia Militar do Piauí, Samuel Sousa Borges, de 40 anos. O crime ocorreu na frente do filho da vítima, nas proximidades de uma escola na zona leste da capital piauiense, no último dia 1º.
Francisco Ribeiro está custodiado em uma das celas da Irmão Guido desde o dia 2. A direção dessa unidade prisional solicitou ao Poder Judiciário a transferência do interno para o presídio do interior, alegando resguardar a incolumidade física e mental do soldado Francisco Ribeiro pelo fato de o crime ter sido praticado contra um policial militar do Estado e na frente do seu filho.
O magistrado da Central de Inquérito de Teresina, Valdemir Santos, acatou o pedido e afirmou que o caso como sendo uma situação delicada. “Convém destacar que a direção de administração penitenciária conhece a realidade da unidade prisional e também de cada tipo de detento”, disse o juiz.
Assassinato
O delegado da Polícia Civil do Piauí, Francisco Beretta, informou que várias testemunhas foram ouvidas e uma delas foi o filho da vítima, que presenciou o crime. Ele disse que o policial do Maranhão insultou o seu pai com xingamentos nas proximidades da escola.
O soldado do Maranhão, segundo relato da testemunha, teria questionado Borges por tê-lo abordado se estava desarmado. Logo depois Francisco Ribeiro levantou a camisa, mostrando as duas armas. Ainda de acordo com o depoimento, o policial do Piauí tirou um celular do bolso para filmar a situação, alegando que o policial do Maranhão estava cometendo um crime já que ele não explicou a origem da arma de calibre 38 e denunciaria o caso para a Corregedoria da Polícia Militar.
Então, o policial maranhense teria dito "se você fizer isso eu mato você". O policial piauiense não acreditou e virou de costas. Francisco Ribeiro, então, sacou a arma e disparou três tiros, relatou a testemunha em depoimento à polícia.
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