Atrasos

Governador admite atraso no pagamento a fornecedores

Comunista afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a previsão do Executivo é de um baixo crescimento econômico em 2019

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Apesar de admitir atraso no pagamento de fornecedores, Flávio Dino diz que situação não é alarmante
Apesar de admitir atraso no pagamento de fornecedores, Flávio Dino diz que situação não é alarmante (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) admitiu, em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, atraso no pagamento de fornecedores e uma previsão pessimista para o setor econômico do Maranhão em 2019.

“Acho que teremos um crescimento econômico baixo, mas a gente consegue atravessar 2019. Conseguimos terminar o primeiro mandato com o salário dos servidores em dia e com a dívida com os bancos sendo pagas normalmente. Temos algum atraso com fornecedores, mas nada alarmante. De qualquer forma, desde novembro estamos fazendo uns ajustes nas despesas, com renegociação de contratos em várias áreas”, disse.

A declaração do comunista corrobora com as discussões levantadas em diversas ocasiões pela oposição na Assembleia Legislativa de um possível colapso nas contas públicas.

Os deputados estaduais Adriano Sarney (PV), Edilázio Júnior (PSD), Wellington do Curso (PSDB), Andrea Murad (MDB), Sousa Neto (PRP), Eduardo Braide (PMN) e César Pires (PV), chegaram a alertar o chefe do Executivo sobre a forte crise financeira, em decorrência da elevação de gastos e inchaço da máquina pública, corte de incentivos a investimentos no Maranhão, queda do PIB e aumento da dívida pública do estado junto ao Tesouro Nacional.

Os parlamentares cobravam corte de gastos, redução nos valores dos contratos publicitários e de alugueis de jatinhos.

A oposição também alertou o Governo sobre o rombo no Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (FEPA), por causa do risco de inviabilidade financeira para o pagamento de benefícios aos aposentados e pensionistas do estado.

“Alertei na semana passada, assim como venho alertando desde o início do meu mandato, que o governo comunista vem consumindo os investimentos do fundo dos aposentados (FEPA) para pagar os benefícios, quando deveria buscar no tesouro estadual os recursos para sanar o déficit na previdência. Os recursos financeiros do FEPA eram de cerca de R$ 1,1 bilhão de saldo ao final de 2016, que reduziu para R$ 665 milhões ao final de 2017 e pode terminar este ano com menos de R$ 200 milhões, devido ao saque de R$ 400 milhões em aplicações financeiras do FEPA no Banco do Brasil”, disse Adriano Sarney em sessão plenária do mês de junho de 2018.

Soberba

Apesar da crise financeira já admitida, Flávio Dino se colocou, na entrevista concedida a Folha de S. Paulo, como autossuficiente.

Questionado a respeito da intenção de conseguir viabilizar junto ao governo Jair Bolsonaro (PSL), recursos federais para o Maranhão, ele rechaçou a possibilidade. Sugeriu que não tem qualquer intenção na parceria institucional.

“Não faço planejamento contando com novos recursos federais. Não está na minha contabilidade. Se aparecer [o recurso], ótimo. O que espero do Governo Federal é que ele faça a sua parte, garantindo estabilidade e crescimento da economia”, disse.

Flávio Dino está licenciado do comando do Palácio dos Leões, em gozo de férias concedidos por si próprio. O vice-governador Carlos Brandão (PRB) está no controle da máquina.

Temos algum atraso com fornecedores, mas nada alarmanteFlávio Dino, governador do Maranhão

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