Ameaça

Indonésia eleva alerta no vulcão Anak Krakatau

Erupção no último fim de semana gerou tsunami que causou 430 mortes no país;autoridades também recomendam evitar atividades na região litorânea;os agentes públicos estão às voltas com as dificuldades para identificação das vítimas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
O tsnunami que atingiu a costa da Indonésia causou grande destruição e deixou muitos desabrigados
O tsnunami que atingiu a costa da Indonésia causou grande destruição e deixou muitos desabrigados (Reuters)

INDONÉSIA - Autoridades da Indonésia elevaram ontem o alerta para a erupção do vulcão Anak Krakatau (também conhecido como Anak Krakatoa). Há seis dias, as atividades provocaram um tsunami que causou 430 mortes no país. O governo recomenda uma distância de 500 metros a 1 km do litoral, devido à previsão de outro maremoto.

O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, disse que o alerta passou do nível 2 para o 3 – em uma escala que chega a 4 – e que o raio de exclusão ao redor do vulcão aumentou de 2 para 5 quilômetros.

"As pessoas estão proibidas de realizar qualquer atividade dentro de um raio de 5 quilômetros a partir da cratera do monte Anak Krakatau", alertou o porta-voz em comunicado.

O governo da Indonésia também orientou todos os aviões a manterem distância da região onde está o vulcão. O Anak Krakatau, que entrou na fase de erupção em julho, registra uma atividade com vazamento de lava e emissão de rochas incandescentes, e colunas de fumaça que cobrem de cinza várias áreas do litoral do país.

De acordo com o porta-voz, o vulcão registrou uma erupção de pequena magnitude no dia 22 de dezembro. As imagens de satélite mostram um deslizamento em sua parte sudoeste, que ao cair no mar originou o tsunami que chegou à costa oeste da ilha de Java e do sul da ilha de Sumatra.

Dificuldades

Após o tsnunami que atingiu a costa da Indonésia, os hospitais e necrotérios das áreas atingidas estão superlotados. Os agentes públicos estão às voltas com as dificuldades para identificação das vítimas. Pelo último balanço, 430 morreram, 1.495 estão feridas e 159 desaparecidas, além de 21.991 desalojadas. As buscas continuam porque há áreas isoladas que aguardam a chegada das equipes de resgate.

As dificuldades de atendimento às vítimas se concentram nas regiões de Banten, Berkah e Pandeglang. Os corpos de muitas vítimas estão nestes locais. A província de Banten mantém a unidade de identificação de vítimas de desastres da polícia (DVI).

O chefe da polícia da província de Banten, Tomsi Tohir, que visitou o hospital, disse que a equipe de polícia da DVI recuperou 238 corpos na província, entre os quais 21 ainda não foram identificados pela unidade.

O processo de identificação é realizado por meio de etapas de análise do DNA dos corpos, além de análise de fotos e assinatura das vítimas que se encaixam nos documentos da polícia.

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