Estado Maior

Cenário complicado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

O governador Flávio Dino (PCdoB) prefere manter sua postura de ataques, por meio das redes sociais, ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Desde a campanha do segundo turno (somente nesta época, porque o comunista não queria perder os votos dos eleitores de Bolsonaro no Maranhão) Dino vem criticando Bolsonaro na internet.
Nas últimas semanas, o governador do Maranhão reagiu ao futuro presidente sobre a formação de um bloco de oposição na Câmara Federal. Desta vez, respondeu na postagem de Bolsonaro.
Resultado: não recebeu qualquer atenção, algo que vem se tornando comum desde o resultado nas urnas no fim de outubro deste ano.
Mesmo assim, Dino tenta manter uma postura de “voz nacional” para - futuramente - se apresentar como o nome da esquerda.
O problema é que, pelos dados e indicadores do Maranhão (que entre tantos números mostram um estado em crise e com mais de 54% da população vivendo na miséria), nem a própria esquerda vai querer ter um gestor como o governador maranhense como candidato de destaque.
Fora a questão da pobreza, Dino tem de resolver problemas graves no Maranhão criados por sua gestão, como o caos na saúde e a falta de verba para pagar aposentados e pensionistas.

Sem problema
Flávio Dino, na verdade, conta com a possibilidade de Bolsonaro agir como Michel Temer na Presidência da República.
Ou seja: mesmo sendo atacado pelo comunista, o presidente Temer não deixou de dar atenção ao Maranhão enquanto esteve no comando do país.
O secretário de Comunicação, Márcio Jerry, admitiu que o Maranhão não sofreu retaliação no governo do emedebista.

Casa nova
A senadora eleita Eliziane Gama (PPS) já escolheu o gabinete que ocupará a partir de 1º de fevereiro, quando tomará posse no Senado.
Para a popular-socialista, ficou reservado o gabinete antes ocupado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba.
Vice-presidente do senado e ex-líder do PSDB na Casa, ele não se elegeu este ano, tendo terminado a disputa apenas em quarto lugar.

Sumiu
Derrotado nas eleições deste ano, quando ficou apenas na sexta colocação na disputa pelo Senado, o ex-governador José Reinaldo (PSDB) sumiu das redes.
Até a campanha eleitoral, ele mantinha perfis ativos no Instagram e Facebook, por exemplo, com divulgação do mandato de deputado federal.
Agora, o tucano parece haver desistido do mundo digital.

Alerta
Nas redes sociais, o governador do Estado, Flávio Dino, alertou para um possível “isolamento inédito” do país diante do que ele chamou de “sucessivos erros diplomáticos”.
A declaração foi dada a partir de reportagem que aponta a ausência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, da posse de Jair Bolsonaro.
Para Dino, a postura do futuro presidente tem afastado aliados comerciais do Brasil e isso implicará em todo o país.

Discussão
O vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), atual secretário de Articulação da Prefeitura, colocou seu nome nas discussões do partido acerca da sucessão municipal.
“Estou à disposição do comando do PDT, particularmente do nosso líder, senador Weverton Rocha”, declarou.
O problema para o pedetista é que o seu colega de partido e prefeito de São luís, Edivaldo Júnior (PDT), aposta em Pedro Lucas Fernandes (PTB) para o substituir no Executivo Municipal em 2021.

DE OLHO
R$ 193 milhões

é o valor da amortização da dívida interna do Maranhão em 2018 feita pelo governo de Flávio Dino.

Condenação
Uma denúncia proposta pela 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar, em 2017, levou a Justiça a condenar, no último dia 6, José Francisco Neto, ex-presidente da Câmara Municipal, a 2,3 anos de reclusão, em regime aberto, além do pagamento de 30 dias-multa.
Por atender aos requisitos legais, a pena restritiva de liberdade foi transformada em prestação de serviços à comunidade e pagamento de 7 salários mínimos a instituição indicada pela Justiça.
A denúncia teve por base a desaprovação das contas da Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar no exercício financeiro de 2006, quando José Francisco Neto era o presidente.

E MAIS

• O TRE do Maranhão deverá retomar em janeiro os julgamentos dos recursos referentes às prestações de contas das eleições deste ano.

• O Estado, no dia 18 de dezembro, o presidente da Corte, Ricardo Duailibe afirmou que todos os que participaram do pleito devem apresentar os gastos.

• O governador Flávio Dino mantém o silêncio a respeito dos dados sobre a pobreza extrema no Maranhão. Segundo IBGE, mais de 54% dos maranhenses vivem com menos de R$ 400 por mês.

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