Estado Maior

Compasso de espera

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Não é apenas quanto à definição das lideranças na Assembleia que a classe política maranhense aguarda uma definição logo nos primeiros dias de 2019.
A anunciada reforma administrativa do governo Flávio Dino (PCdoB) também tem deixado aliados de prontidão.
Oficialmente, Dino tem dito que só confirmará qualquer mudança em fevereiro.
A espera do comunista tem razão de ser. Ele decidiu que aguardará a confirmação da formatação do governo Bolsonaro antes de promover mudanças na sua gestão.
Por um motivo: como ele próprio não tem relação com o presidente eleito, vai apostar que seus secretários consigam uma melhor interlocução com o governo federal. Assim, pensa em deixar em pontos estratégicos auxiliares de alguma forma ligados a ministros.
Uma forma de garantir a intermediação do Maranhão com Brasília, mas deixando o governador livre para seguir fazendo ferrenha oposição a Bolsonaro.

Definido?
Apesar do compasso de espera de Dino, pelo menos um nome já é dado como certo na equipe de governo para o segundo mandato.
Boas fontes da coluna garantem que o deputado estadual eleito Marcelo Tavares (PSB) ficará mesmo na Casa Civil, para onde já voltou depois da eleição.
O motivo é menos nobre, nesse caso: Tavares criou muitas arestas na Assembleia, quando tentou articular uma candidatura a presidente para derrotar Othelino Neto (PCdoB).

Fica?
Outro secretário que pode ficar no governo é Felipe Camarão (DEM), atualmente titular da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Mesmo sem confirmar oficialmente, Flávio Dino tem dado “pistas” de que ele permanecerá no comando da pasta.
O comunista tem reiteradamente elogiado o trabalho do auxiliar em discursos públicos.

Aposta
O ex-deputado federal e atual suplente de senador Clóvis Fecury (PSD) elogiou o projeto acalentado pelo deputado estadual Adriano Sarney (PV) de disputar a eleição de prefeito de São Luís em 2020.
Clóvis disse que por sua juventude e profundo conhecimento técnico da área econômica, Adriano tem todas as condições de fazer uma gestão dinâmica e de conseguir o tão almejado equilíbrio financeiro da administração municipal da capital.
Tais conquistas seriam fundamentais para inserir São Luís, finalmente, em um contexto de desenvolvimento.

Aposta II
Do alto da sua experiência política de quase 10 anos como membro da bancada maranhense no Congresso Nacional, Clóvis Fecury sabe o que diz ao citar Adriano como boa aposta para prefeito de São Luís.
Iniciado na política também em idade precoce, o suplente de senador trilhou uma trajetória parlamentar frutífera e tornou-se um hábil articulador político, com voz ativa em todas as decisões do seu grupo.
Filho do ex-prefeito da capital Mauro Fecury, Clóvis, assim como Adriano, tem a política no sangue, e reconhece no aliado um bom nome para as urnas.

Prazos
Em virtude da manutenção programada em toda a rede de dados do TCE-MA, todos os sistemas internos e externos da instituição estão indisponíveis desde o dia 20 de dezembro.
O sistema só voltará a funcionar normalmente no dia 6 de janeiro de 2019.
Com a medida, todos os prazos processuais ficam automaticamente suspensos, recomeçando sua contagem no primeiro dia útil posterior ao último dia de indisponibilidade dos sistemas.

DE OLHO
R$ 1,3 milhão

é quanto o ex-prefeito de Alto Alegre do Maranhão terá de devolver ao erário, segundo o TCE-MA, por conta de irregularidades em convênio com a Sinfra

Presentão
O prefeito de Poção de Pedras, Júnior Cascaria (PCdoB), deu um “presentão” de Natal aos servidores do município.
Exonerou contratados só para não pagar 13°, deixou professores sem receber abono e proventos do mês de novembro, e pagou salários apenas de quem ganha até R$ 1,3 mil.
Para completar, afastou-se da Prefeitura para viajar com a família, enquanto o vice, Adenilson Lopes, foi empossado para cuidar da crise.

E MAIS

• O procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho, segue em silêncio sobre a denúncia de nepotismo envolvendo sua gestão.

• O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) está de olho nas prefeituras que marcaram licitações para as vésperas de feriado de fim de ano.

• Homem forte do governo, o secretário Márcio Jerry (PCdoB) quer deixar viva a possibilidade de vir a ser candidato a prefeito de São Luís.

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