Estado Maior

Dino se escondendo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

O primeiro mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) chegará ao fim em cerca de 12 dias. O balanço desses quatro anos já está sendo feito. Mas o que chama atenção é que não pelo chefe do Executivo estadual. Ficou na missão o secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB), que alegou, em entrevista coletiva na semana passada, agenda fora do estado do governador.
No entanto, desde quarta-feira, 12, Flávio Dino despacha no Palácio dos Leões. Pelo menos é isso que consta na agenda oficial do comunista disponível na página na internet do governo estadual.
Na quinta-feira, 13, dia da entrevista concedida por Jerry no Palácio dos Leões, Dino despachou na sede oficial do governo estadual.
Mas por qual motivo Flávio Dino não presta contas de seu primeiro mandato à população? As propagandas do governo não mostram um Maranhão próspero?
O problema deve ser esse: Dino não tem como mostrar, em números, o Maranhão que ele diz existir nas peças publicitárias. Não tem como enfrentar a opinião pública depois de empurrar mais um aumento de imposto para o cidadão.
Não tem como justificar 54% dos maranhenses na extrema pobreza, o caixa abatido do Fepa, ter governado com mais dinheiro e deixado o estado em crise financeira.
O fato é que não há justificativa para os indicadores sociais e econômicos do Maranhão, que estão sempre em último nos rankings nacionais. Mesmo nos estados com uma crise assumida, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não há dados tão preocupantes quanto os do Maranhão.

Pressão
Os vereadores Estevão Aragão (PSDB) e Umbelino Júnior (PPS) ainda não desistiram da ideia de criar uma CPI para investigar a Secretaria Municipal de Saúde.
Os parlamentares ainda pressionam o presidente da Câmara Municipal de São Luís, Astro de Ogum (PR), para que a CPI saia do papel.
O problema é que, se Aragão e Umbelino não conseguirem isso enquanto Ogum ainda comanda a Casa, não conseguirão com Osmar Filho (PDT) presidindo o Legislativo municipal.

Reunião
Às portas fechadas, 18 vereadores de São Luís se reuniram durante boa parte da manhã de ontem no salão VIP da Câmara. Nem mesmo as pessoas do cerimonial puderam acompanhar.
Nos bastidores, a Coluna apurou que dois foram os principais temas da conversa “secreta” entre vereadores: a colaboração para uma transição tranquila de Astro de Ogum para Osmar Filho e o orçamento.
Outra razão para a reunião longa entre vereadores foi a presença maciça na Câmara de agentes de endemias, que estão em greve alegando salários atrasados. Poucos vereadores saíram da sala para falar com os agentes.

Sumida
A ainda deputada federal Eliziane Gama (PPS) mostrou que sua relação com a sua congregação religiosa, a Assembleia de Deus, ocorre somente de tempos em tempos eleitorais.
Após conseguir ser candidata ao Senado e ser eleita com a ajuda da igreja, Gama sumiu do cenário. Ela não apareceu nem na solenidade para entrega do Troféu Geração Templo Central de São Luís que homenageou os membros da congregação eleitos em 2018.
Além de Eliziane, a Assembleia de Deus teve eleitos o pastor Gildenemyr para a Câmara Federal e Mical Damasceno para a Assembleia Legislativa.

Ausente
O problema maior para muitos membros da igreja é que Eliziane Gama não mandou representante e nem justificou a ausência no evento.
O nome da parlamentar foi chamado várias vezes para a certeza de que ela não estava presente no evento.
O Troféu da Assembleia de Deus foi entregue em solenidade no Espaço Renascença na última sexta-feira, 14.

Bloqueados
No Maranhão, o Tesouro Nacional bloqueou o Fundo de Participação do Município (FPM) de 19 prefeituras.
O motivo do bloqueio dos repasses, que aconteceriam dias 20 e 30 de dezembro, foi inadimplência no Regime Geral de Previdência Social ou por inadimplência do Pasep.
Entre os municípios com a verba bloqueada estão Altamira do Maranhão, Alto Alegre do Pindaré, Amapá do Maranhão, Bacabal, Bernardo do Mearim, Buriticupu, Dom Pedro, Gonçalves Dias, e Rosário.

DE OLHO
R$ 5 milhões

foi o valor previsto na emenda do deputado Adriano Sarney (PV) para São Luís, destinados à realização de obras em áreas que tiveram estragos causados por chuvas. Mas os comunistas rejeitaram a proposta.

Negado de novo
O desembargador José de Ribamar Castro negou mais pedido do governo Flávio Dino na ação de readequação salarial de 21,7%.
Após o magistrado determinar que o Sindsep se manifeste na ação sobre a readequação salarial, a Procuradoria Geral do Estado pediu reconsideração da decisão.
O pedido foi negado pelo desembargador, já que o que a PGE queria era exatamente a liminar suspendendo o direito aos 21,7% aos servidores que tiveram decisão judicial favorável.

E MAIS

• A Justiça Eleitoral vai diplomar os candidatos eleitos e seus suplentes em cerimônia hoje. São 98 eleitos e suplentes que passarão a estar aptos a assumir seus mandatos em 2019.

• Antes do previsto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) conseguiu julgar todas as prestações de contas de campanha de quem precisa ser diplomado.

• Chamou atenção a aprovação com ressalvas das contas de campanha do governador Flávio Dino. A defesa do comunista precisou apresentar mais documentos, já que irregularidades na prestação de contas de Dino foram encontradas pelos técnicos do TRE.

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