Sujeira

Descarte incorreto de lixo na Rua Grande é alvo de denúncia

Denúncia foi feita após vistoria na via; durante o período natalino, quantidade de lixo descartado na área irregularmente tende a ser maior

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

[e-s001]Uma quantidade expressiva de lixo na extensão da Rua Grande, ainda em fase de obras, chamou a atenção do presidente do Instituto Municipal da Paisagem Urbana de São Luís (Impur), Fábio Henrique Farias Carvalho, durante vistoria nas obras de requalificação do Complexo Deodoro e Rua Grande, na noite de terça-feira, 4, na companhia do superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan-MA), Maurício Itapary.

Após a vistoria, o presidente do Impur fez uma postagem em seu perfil em uma rede social e utilizou de rígidas palavras para se referir ao cenário presenciado durante a inspeção. “Confesso que as imagens que olhei foram decepcionantes, irritantes e revoltantes em toda a Rua Grande”, escreveu, referindo-se ao descarte irregular do lixo, que se acumulava em vários pontos, inclusive nas quadras que já foram requalificadas, como mostrava as fotos que acompanham o desabafo.

Fábio Henrique Farias Carvalho, também durante a postagem pública, disse que a grande quantidade de lixo descartado nas esquinas da Rua Grande é uma “situação deplorável” e completou afirmando que “não é aceitável que uma área que esteja recebendo um investimento de quase R$ 40 milhões, seja palco de cenas tão bárbaras/medievais”. Além disso, destacou ser inadmissível que tal situação se perpetue, “inclusive na área que está com os serviços praticamente concluídos”.

[e-s001]Entre plásticos, papelões e sacos de lixo rasgados - que contribuíram para espalhar outros descartáveis -, as fotos publicadas pelo presidente do Impur representam a falta de consciência, tanto por parte dos milhares de transeuntes que circulam diariamente pela via, quanto dos comerciários lá instalados, haja vista que muitos dos materiais descartados e capturados nas imagens feitas por Carvalho são resíduos comerciais. “O que passa pela cabeça de um empresário, de um ambulante ou mesmo de um transeunte que comete tal erro?”, indagou no texto.

Por fim, o presidente do Impur fez inferência aos deveres da sociedade. “Não adianta cobrar da Prefeitura. Não adianta cobrar do Iphan. Não adianta cobrar do Estado, não adianta cobrar do papa, se muitos lojistas não fazem minimamente a sua parte”. O gestor pediu para que todos tenham respeito pela cidade, além de sugerir a mudança da lei, ainda branda para as ações indevidas. “Por essas e outras, que a Prefeitura tem de multar duramente, as sanções têm de ser pesadíssimas, severas e não adianta reclamar depois”, concluiu.

Período natalino
Com a aproximação das festas de fim de ano, o movimento de consumidores na Rua Grande torna-se mais intenso. Nesta perspectiva, é comum observar que o descarte incorreto de resíduos também passa a ser mais frequente. Assim como a produção, por parte dos comerciantes e lojistas da localidade tendem a produzir mais lixo, em decorrência da reposição do estoque.

[e-s001]O descarte ilegal feito por empresas dos mais diversos setores, na extensão da via, é, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2015), uma responsabilidade das empresas, as quais deveriam possuir um plano de gerenciamento dos resíduos por elas produzidos.

Para questionar sobre a questão denunciada pelo presidente do Impur e, ainda, sobre o previsível aumento da quantidade de lixo a ser descartada irregularmente durante o período natalino, O Estado manteve contato com a Prefeitura de São Luís, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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