O anúncio de uma possível paralisação dos médicos que trabalham na rede estadual de Saúde não teve qualquer efeito junto ao Governo do Estado. Pelo menos em relação a um aceno ou manifestação para que tal situação não se concretize na próxima semana, como prometem os profissionais, que alegam três meses de salários atrasados.
Nem o governador Flávio Dino (PCdoB) e nem o secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, fizeram qualquer tipo de esclarecimento público sobre o assunto. Não disseram se pagarão os vencimentos atrasados, não pediram mais prazos, em suma, não houve tentativa alguma de negociar com os médicos.
Nas redes sociais do comunista, por exemplo, ele apenas fala do futuro governo de Jair Bolsonaro, deixando de lado o problema de sua gestão. Carlos Lula posta sobre título de cidadão em Caxias, e cala sobre a possível paralisação.
O que os gestores estaduais precisam saber é que a possível paralisação de atividades dos médicos afetará toda a sociedade. Não é um problema somente da categoria. É uma questão que mexerá com a vida de todos, principalmente dos mais pobres.
Já passa da hora de o governo deixar de apontar defeitos de outras gestões - como foi feito em relação ao fim da participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos - e tratar com seriedade sobre problemas graves que afetam o sistema estadual de saúde, que não se resumem a salários de profissionais em atraso.
Preocupação
Denúncias de falta de estrutura no sistema estadual de saúde tem deixado membros da rede municipal de Saúde de São Luís preocupados.
O motivo é que quanto menos atendimento no interior do estado, mais cresce a chegada de pacientes na capital em busca de atendimento médico.
Com isso, os hospitais de emergência e urgência de São Luís ficam lotados e com pacientes em macas nos corredores.
Situação grave
A preocupação dos integrantes da rede de Saúde da capital não pode ser considerada um alarme desnecessário.
Na verdade, as unidades de saúde do município vêm sofrendo com o aumento da demanda desde que Flávio Dino incrementou sua política de distribuição de ambulância no interior e fechou hospitais.
Com isso, sobrou para os prefeitos de outros municípios apenas enviar os pacientes para serem atendidos em São Luís.
No comando de novo
O deputado federal André Fufuca (PP) voltou a assumir, ontem, o comando da Câmara Federal. Ele ficará como presidente da Casa até o próximo domingo, 2.
O pepista assume porque o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), assumiu a Presidência da República na ausência de Michel Temer, que está em Buenos Aires para participar da reunião do G-20.
Esta é a segunda vez que Fufuca fica no comando da Câmara. “É com muita responsabilidade e satisfação que volto ao comando da Câmara Federal”, disse o parlamentar.
Inelegibilidade
A decisão do TSE de tornar o deputado estadual Sérgio Frota (PR) inelegível não mexe na composição da Assembleia Legislativa.
Os votos que o parlamentar conseguiu em outubro na disputa pela sua reeleição não serão anulados, ficarão com a coligação.
Esta é a opinião de especialistas ouvidos por O Estado. Segundo os advogados, existe uma jurisprudência que prevê a situação. Já o PT trabalha com outra possibildiade: a de anulação dos votos do deputado Sérgio Frota.
Torcida
Na verdade, o PT trabalhava primeiro com a possibilidade de que os votos do candidato Said Zaidan, que é do partido, fossem validados - já que, por questões de filiação, o registro do petista foi negado.
Depois, a sigla passou a torcer para a anulação dos votos do deputado Fernando Furtado (PCdoB), que já teve registro indeferido no TSE, mas está em fase de recurso.
Com a inelegibilidade de Sérgio Frota declarada, o PT agora acredita que dificilmente não terá mais uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2019.
Emendas de bancada
A bancada do Maranhão no Senado e na Câmara Federal conseguiu destinar mais de R$ 163 milhões para a Saúde por meio de emenda de bancada.
Segundo o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Cleomar Tema, que comemora o fato, já que este valor representa 96,6% total das emendas.
Há verba ainda destinada para a Segurança Pública e para o hospital Universitário Presidente Dutra.
DE OLHO
R$ 75 mil foi o valor doado da empresa de Sérgio Frota para o próprio Frota nas eleições de 2014. E foi essa doação que levou à inelegibilidade do deputado por oito anos.
E MAIS
• Governistas se apressaram em criar um fato de que houve a divulgação de uma informação falsa de que a segunda parcela do 13º salário do Estado não seria paga.
• Não se sabe de quem saiu esta informação. Claro que os governistas culparam o pessoal da oposição, que, na verdade, alertavam sobre a preocupação de que o salário extra fosse realmente pago.
• Lembrando que o governador Flávio Dino (PCdoB) não confirmou o pagamento da segunda parcela do 13º para dia 12. Conforme publicação nas redes sociais, o comunista falou em “previsão de pagamento”.
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