OBRA INCABADA

Obra de asfaltamento para e gera transtornos

A situação acomete os moradores de cinco ruas do Loteamento Santa Luzia; as obras estão paradas há dois meses, segundo moradores

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Na Rua dos Curiós, no Loteamento Santa Luzia, moradores têm de molhar a rua para evitar mais poeira
Na Rua dos Curiós, no Loteamento Santa Luzia, moradores têm de molhar a rua para evitar mais poeira (loteamento Santa Luzia)

Uma cortina de poeira, a cada minuto e rajada de vento, é o resultado da obra de recapeamento asfáltico - que só teve sua primeira fase iniciada, a de raspagem - realizada pelo Governo do Maranhão nas ruas Guriatãs, Sabiás, Curiós, Rouxinóis e Pardais, localizadas no Loteamento Santa Luzia, no município de São José de Ribamar. Moradores reclamam da situação que já dura meses e pedem breve solução. A obra foi iniciada antes da campanha eleitoral.

De acordo com o morador e comerciante Edson Nunes, 42, assim que foi realizada a raspagem das vias, no mês de setembro, o carro-pipa passava, diariamente, realizando a irrigação da terra a fim de conter a poeira, que se formaria com o tempo seco, porém, a iniciativa foi paralisada e a atividade teve que ser adotada pelos moradores, os principais afetados.
“A situação é de indignação, porque não faz pouco tempo que está assim, mas tem meses. A poeira é muito grande, e como o carro-pipa não passou mais, a gente, morador, é quem tem que aguar a rua. Depois dessa obra, eu não pude mais manter o portão do comércio aberto, sem contar as vendas que caíram em 60%”, comentou o comerciante.

A poeira decorrente a raspagem também tem afetado a saúde dos moradores, como explicou a autônoma Apoena Santos, 26. “Aqui em casa, a situação tem sido complicada depois dessa obra inacabada. Os meus dois filhos, passam o tempo inteiro por causa da poeira, que afeta a gente o tempo inteiro. Espero que eles terminem logo os serviços, mas até as máquinas já saíram do local, então, a situação é complicada”.

Para a dona de casa e também autônoma Diana Martins, 45, manter a casa limpa tem sido um sacrifício. Embora ela limpe várias vezes ao dia, como ressaltou, a poeira é presente o tempo inteiro no chão e nos móveis de sua residência. “A gente não pode é se acostumar com a situação, mas é entender que não tem jeito. Eles [os responsáveis pela obra] sabem da situação e do que tem que ser feito. Então, a gente só espera que venham terminar o que começaram”.

Preocupação
Assim como Martins, a empreendedora Glauciene Figueiredo, 34, a poeira também tem afetado o seu cotidiano, mas o receio maior é da obra não ser concluída antes da chegada no período chuvoso. “Na minha casa, tanto a minha mãe e meu filho são alérgicos. Como foi espalhado barro na rua, o meu maior medo é que chova, porque, com certeza, a situação será bem pior. Tomara que, até lá, a situação já tenha sido resolvida”. O período chuvoso na capital tem início entre os meses de dezembro e janeiro.

O Estado manteve contato com o Governo do Maranhão, responsável pelo capeamento asfáltico, e a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) informou que a obra realizada no local não é de responsabilidade da gestão estadual. Frisou ainda, que, embora as obras de pavimentação de ruas e avenidas nos municípios sejam uma responsabilidade das prefeituras, o Governo do Maranhão tem reforçado e auxiliado as prefeituras nessa demanda, por meio do Programa Mais Asfalto. Em São José de Ribamar, por exemplo, a Sinfra está atuando em mais de seis bairros.
A Prefeitura de São José de Ribamar não se posicionou a respeito.

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