COLUNA

Atordoado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

O governador Flávio Dino (PCdoB) parece atordoado em meio ao caos instalado na cidade de Bacabal após uma audaciosa ação criminosa, neste final de semana.
Na ação, bandidos explodiram uma agência bancária, atearam fogo em vários veículos, bloquearam as principais vias de acesso à cidade, atacaram com tiros de fuzis um quartel da Polícia Militar e uma Delegacia de Polícia Civil e fizeram reféns, na noite de domingo, antes de fugir com sacos de dinheiro.
A investida do bando organizado, instalou terror e pânico, clima de medo e insegurança na cidade. O caso foi alvo de reportagens da imprensa em todo o Brasil.
Confrontado por uma “enxurrada” de críticas em seu perfil, em rede social, o governador tentou amenizar a situação com a informação - não se sabe extraída de onde - de que a quadrilha que atacou Bacabal “não é sediada no Maranhão”.
Ao que parece, para o chefe do Executivo, lançar a informação de que os bandidos supostamente são de outros estados, minimiza os numerosos assaltos a banco ocorridos no Maranhão este ano e os prejuízos sociais deixados em Bacabal.
Ele também destacou em seu perfil, que a polícia reagiu à investida e deixou criminosos mortos, feridos e presos. Um civil também acabou morto na ação criminosa.
Diante do ataque ostensivo dos criminosos, a reação policial foi correta e imediata, atitude que, aliás, corrobora o discurso daqueles que defendem uma atuação mais enérgica do Estado contra a bandidagem - a exemplo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, tão criticado pelo governador maranhense.

E o Maranhão?
Com a intenção de mudar o foco do caos instalado em Bacabal, o governador Flávio Dino fez crítica à queda do Brasil no ranking das desigualdades sociais.
Afirmou que “essa é a maior das corrupções: a imoral desigualdade social”. Uma tentativa de atacar a gestão do presidente Michel Temer.
Só esqueceu de citar que durante seu governo houve aumento da pobreza extrema no Maranhão, segundo relatório da consultoria Tendência.

Obras
A Prefeitura de São Luís e o Iphan anunciaram para o fim de dezembro a inauguração das obras de revitalização do Centro de São Luís.
Os serviços são realizados na Praça Deodoro, que já tem 95% das obras concluídos, e em algumas das principais vias do Centro, a exemplo da Rua do Passeio e da Rua Grande, polo comercial de São Luís.
Os serviços de infraestrutura têm por objetivo modernizar o espaço na capital.

Desajuste
A Câmara Municipal realizou na manhã reunião técnica para discutir o Projeto de Lei Orçamentária Anual 2019.
Durante a reunião, o gestor da Seplan, Raimundo Nonato Fernandes, admitiu que as finanças da Prefeitura estão desajustadas.
Ele ressaltou seu ponto de vista ao afirmar que o orçamento municipal deveria ser “menos dependente” de transferências federais.

Outras fontes
Dados da Prefeitura apontam que 65% do orçamento deste ano municipal eram oriundos de outras fontes.
O restante era proveniente de receitas próprias.
“Deveria ser na verdade 50 a 50”, disse o gestor da Seplan, Raimundo Nonato Fernandes.

Crime
Com a investida criminosa do último domingo na cidade de Bacabal, subiu para 21 o número de ocorrências contra institucionais financeiras no estado, registradas pelo Sindicato dos Bancários.
Foram dois assaltos, 13 arrombamentos, quatro tentativas de assaltos e duas saidinhas bancárias.
Números que assustam e que ampliam o cenário de violência no Maranhão.

Já trabalha
Fábio Gondim, ex-secretário de Planejamento, Gestão e Previdência do Maranhão na gestão Roseana Sarney, já iniciou o seu trabalho na equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Gondim é consultor do Senado da República e atuou recentemente como secretário de Saúde do Distrito Federal.
Agora, com larga experiência em gestão, atuará decisivamente na transição do Governo Federal.

DE OLHO

R$ 618 mil foi o valor gasto no Maranhão em 2018 com os “alugueis camaradas”, como ficaram conhecidos os casos como de um imóvel na Aurora e da antiga Clínica Eldorado.

E MAIS

• Repercutiu o vídeo gravado pelo deputado estadual Adriano Sarney em que ele aponta soluções para a crise financeira instalada na gestão Flávio Dino.

• O prefeito Edivaldo Holanda Júnior deve ter dificuldades para conseguir a aprovação do Orçamento na Câmara Municipal.

• Deputados federais eleitos já se articulam para a formação de bancadas e blocos na Câmara Federal.

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