Editorial

Pelo ordenamento do Centro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

O Centro de São Luís passa pela mais importante obra de requalificação urbanística da história, graças a um notável investimento do Governo Federal, em parceria com a administração municipal. Com a aproximação do período natalino e o aquecimento das vendas típico dessa época, surge a necessidade de impor ordenamento urbano à região, de modo a impedir a ocupação irregular do espaço público, problema que se torna ainda mais grave com a efervescência comercial registrada em dezembro. É preciso, portanto, coibir a invasão do comércio informal, sobretudo na Rua Grande, o caos no trânsito, o uso indevido das vias e até do passeio público como áreas de estacionamento e outras distorções que podem comprometer as intervenções já executadas.

Com as obras de requalificação em estágio avançado e acelerado, já é possível ver no Centro nova configuração arquitetônica. O visual que ora se apresenta encanta o olhar, mesmo antes do término dos serviços. Em nome dessa beleza, que, aos poucos, vai se impondo sobre o cenário melancólico de outrora, as autoridades devem zelar pelos equipamentos públicos que estão sendo reformados, a exemplo das praças Deodoro e do Pantheon, da Rua Grande e das alamedas do entorno.

É preciso que a Prefeitura de São Luís lance mão de toda a sua estrutura de fiscalização e faça valer sua autoridade como gestora e ordenadora da cidade para disciplinar toda a região e evitar que se repita a barbárie que tomou conta da área por sucessivos anos, nas últimas décadas. Não há mais lugar para esse tipo de abuso e vandalismo. As obras de requalificação tornam a área ainda mais preciosa e digna de cuidado. Por isso, a administração municipal deve estar atenta e disposta, mais do que nunca, a reprimir atos que ameacem o patrimônio público.

Embora seja meio de sobrevivência para milhares de famílias, o comércio informal deve se ajustar a essa nova realidade. E tal mudança de postura é algo a ser implementado imediatamente, por meio do diálogo de todas as partes interessadas com o poder público, a fim de não inviabilizar a atividade dos camelôs, tampouco comprometer as obras em andamento. Até porque são imprevisíveis os estragos que podem vir a ocorrer se em vez de disciplinamento, o Centro continuar sendo tratado com a omissão de sempre.

Quanto ao trânsito, o empenho deve ser o mesmo. O monitoramento do tráfego e da ocupação das vagas de estacionamento deve ser rigoroso, durante todo o expediente comercial. Há anos dominada por flanelinhas, muitos dos quais bandidos travestidos de cidadãos em busca de sustento, a área carece de um choque de gestão também nessa questão específica, tendo em vista os múltiplos abusos cometidos contra pessoas, em particular, e contra o próprio patrimônio público. Cabe à prefeitura dar um basta nesse descontrole, com intervenção das forças policiais, em casos extremos.

Faltando pouco mais de um mês para o Natal, foi aberta a contagem regressiva não só para a alta nas vendas, mas também para a definição de um plano que vise ao ordenamento do Centro no período de maior movimento e evite que o projeto de requalificação urbanística seja prejudicado. Será um trabalho árduo, já que o aumento da frequência de público e da presença de ambulantes parece inevitável. É uma missão quase impossível, mas é algo que precisa ser feito, para que o caos não ofusque o brilho da época, agora mais reluzente por causa das obras. Está lançado o desafio.

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