O governador Flávio Dino ainda não se manifestou sobre o resultado do PIB do Maranhão em 2016. Segundo o IBGE, houve queda de 5,6%, a segunda seguida - em 2015 já havia caído 4,1%.
Conhecendo o perfil do comunista, no entanto, é possível imaginar o que ele dirá sobre o assunto.
Deve apontar como culpados o governo anterior, a conjuntura nacional, o governo Temer, a guerra fiscal entre Estados Unidos e China…
Podem ser vários os “culpados”, no modo Dino de ver as coisas.
Mas nunca será culpa do inchaço da folha de pagamento, dos aumentos de impostos, da pressão sobre empresários, que foram obrigados a fechar as portas. Não pode ser culpa, também, dos gastos com asfalto de qualidade duvidosa às vésperas de eleições - em alguns casos bancados com recursos que deveriam ser usados para pagar aposentados.
Nada disso. A culpa não é da gestão que comanda o Palácio dos Leões. Porque, para o comunismo maranhense, a culpa nunca é do seu governo.
E os de cá?
Se não se pronunciou sobre a queda do PIB do Maranhão, o governador Flávio Dino não demorou a entrar no debate sobre a saída de médicos cubanos do Brasil.
Nas suas redes sociais, previu um “caos” na atenção básica país adentro caso os cubanos não sejam substituídos.
Tanta preocupação do comunista, no entanto, não se vê com os médicos que atuam na saúde do Estado do Maranhão, muitos com salários atrasados desde setembro.
Preocupado
O presidente da Famem, prefeito Cleomar Tema, mostrou-se preocupado com as últimas notícias sobre a saída dos médicos cubanos do programa “Mais Médicos”.
Para o gestor, a substituição dos médicos cubanos não será uma tarefa fácil no Maranhão, que, segundo ele, possui carência de profissionais.
- Caso o Ministério da Saúde não encontre uma estratégia imediata para suprir essa carência, os municípios maranhenses vão enfrentar sérios problemas - avaliou.
Processo
Ninguém na Câmara Municipal de São Luís sabe dizer que destino tomou um processo aberto no Conselho de Ética contra o vereador Genival Alves (PRTB).
O parlamentar foi preso no 1º turno das eleições deste ano, em 7 de outubro, sob suspeita de compra de votos - ele era candidato a deputado estadual.
Depois disso, um filiado ao mesmo PRTB protocolou denúncia contra o vereador no Conselho de Ética. O presidente do colegiado é o também vereador Josué Pinheiro.
Nada bem
Não pegou nada bem uma reunião organizada por advogadas aliadas de Carlos Brissac em Imperatriz, durante a semana.
Sob o pretexto de reunir apoiadoras do candidato oficial do Governo do Estado na disputa pela OAB-MA, as advogadas promoveram até um show com um go-go boy.
Pior: ao tentar explicar o caso, Brissac disse que não havia nada demais no evento e que, além das mulheres, havia até crianças no local.
R$ 30 milhões
O prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando (PSDB), pediu autorização à Câmara Municipal para contrair um empréstimo de R$ 30 milhões.
O tucano quer a verba para asfaltar ruas da cidade, mas o caso ainda tramita na Casa.
Como já autorizaram pedido parecido no ano passado, dessa vez os parlamentares pediram, antes de votar a matéria, mais informações ao chefe do Executivo.
Candidata
Não é só em São Luís que lideranças recém-eleitas já começam a se articular de olho nas eleições municipais de 2020.
Em Caixas, durante ato político realizado no feriado de 15 de novembro, a deputada federal e senadora eleita Eliziane Gama (PPS) já lançou mais uma candidatura.
Defendeu publicamente o nome da deputada estadual eleita Cleide Coutinho (PDT) como candidata a prefeita da cidade.
DE OLHO
R$ 12,2 mil É o valor do PIB per capita do Maranhão referente a 2016, segundo o IBGE;
o menor do Brasil.
E MAIS
• O médico Yglésio Moyses, deputado estadual eleito pelo PDT, agora se diz a favor do “Mais Médicos”, programa que ele criticou durante o governo Dilma.
• Curiosa a defesa de setores da esquerda maranhense à ditadura cubana, com o único intuito de se opor ao presidente eleito Jair Bolsonaro.
• A oposição na Assembleia Legislativa deve manter na próxima semana a pressão por explicações sobre a crise na Previdência do Maranhão.
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