COLUNA

Movimentos antecipados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Logo que garantiu sua reeleição como governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) começou a ser questionado sobre que mudanças faria na equipe para o segundo mandato.
Como forma de acalmar os ânimos, conseguir tempo para respirar e pensar no que fazer, declarou que só trataria de uma possível reforma a partir de janeiro de 2019.
Mas precisou antecipar seus movimentos. Pelo menos dois deles.
O primeiro foi a confirmação de que o deputado estadual eleito Marcelo Tavares (PSB) vai mesmo ficar na Casa Civil - para onde já voltou inclusive.
O problema, nesse caso, foi a não eleição de Edivaldo Holanda (PTC), que ficou como primeiro suplente da mesma coligação do socialista. Agora, vai permanecer no mandato - Tavares também ficou “sem clima” na Assembleia após uma malfadada tentativa de se candidatar a presidente.
O segundo movimento foi confirmado nesta semana: o retorno de Simplício Araújo (SDD) para a Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (Seinc), onde também permanecerá por todo o segundo mandato de Dino.
Aqui, o problema foi o próprio Simplício. Mesmo com mais de 74 mil votos, ele acabou ficando como primeiro suplente de deputado federal, e, portanto, fora de uma cadeira na Câmara. E precisou ser novamente “abraçado” pelo governador.

Interesse
O deputado federal Hildo Rocha anunciou nesta semana seu interesse em disputar o comando do MDB maranhense já nas próximas eleições, previstas para dezembro.
- Tenho amplas condições de fazer um MDB melhor. Tenho mandato, tenho articulação com a classe política e disposição para lutar pelo partido - afirmou o parlamentar.
Nos últimos dias, surgiram especulações dando conta de que outros candidatos estariam interessados na presidência do partido, entre eles o senador João Alberto, atual presidente, o deputado federal João Marcelo Sousa, e até mesmo a ex-governadora Roseana Sarney.

OAB I
O juiz Angelo Santos, presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA), rebateu, em entrevista à TV Assembleia, declarações do advogado Mozart Baldez, candidato à presidência da OAB-MA.
Segundo o magistrado, o candidato mentiu quando se referiu ao trabalho da magistratura maranhense, afirmando que o Judiciário age com morosidade e para obter proveito próprio no pleito da OAB-MA.
- Fechamos o terceiro trimestre em setembro com mais de 1,3 milhão de atos judiciais, incluindo sentenças, decisões, despachos, audiências e júris, para pouco mais de 307 magistrados -, informou Angelo Santos.

OAB II
Por falar na eleição da OAB, novas pesquisas realizadas nesta semana apontam que o atual presidente, Thiago Diaz, segue com vantagem sobre seus concorrentes.
Trackings diários realizados em todo o estado apontam que Diaz deve se reeleger no próximo dia 23 de novembro.
O que também chama atenção num dos levantamentos a que a coluna teve acesso é a baixa rejeição da candidata Sâmara Braúna.

Relatoria
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (DEM), deve ser escolhido relator da CPI da Cyrela.
Instalada na semana passada, a comissão investigativa deve focar no descumprimento a direitos dos consumidores maranhenses.
- A abertura da CPI é um clamor da população que nos buscou após várias ações judiciais já tramitarem para reparar danos sofridos, mas precisamos aprofundar essa investigação -, diz Zé Inácio, autor do requerimento.

Relatoria II
O detalhe sobre a possível escolha de Rogério Cafeteira (DEM) para o posto é que, se confirmada, já se sabe que a CPI da Cyrela terá dois relatores.
Isso porque o democrata não se reelegeu e deixará o mandato ao fim da atual legislatura.
Como o prazo para encerramento dos trabalhos da comissão é de 120 dias, certamente Cafeteira não será mais deputado quando essa data chegar.

Invasão?
Uma investigação na Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (Seinc) apura se a empresa de leilões contratada pelo Governo do Estado está instalada num terreno invadido.
Localizado no Maracanã, o pátio da empresa para onde são levados carros apreendidos pelo governo Flávio Dino (PCdoB) é alugado.
E a Seinc apura se o dono do imóvel - que recebe o aluguel - tem, de fato, a propriedade do terreno.

DE OLHO

R$ 321,3 milhões foi quanto o Governo do Estado já arrecadou em 2018 com a cobrança de IPVA dos contribuintes maranhenses.

E MAIS

• Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) não escondem de ninguém que esperam tempos sombrios para o governo a partir de 2019.

• O prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), pediu à Câmara autorização para contrair empréstimo de R$ 30 milhões.

• Ainda nem assumiu o segundo mandato e o governador Flávio Dino (PCdoB) já precisa lidar com aliados se movimentando pela sua sucessão.

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