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A culpa é dos outros

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) - como normalmente faz tentou atribuir aos outros mais um caso de comprovada incompetência da sua gestão.

Ao comentar a dilapidação do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadorias (Fepa), o comunista disse, durante entrevista no meio da semana passada, que o problema do déficit previdenciário não é seu, mas decorre de conjuntura nacional e, no caso do Maranhão, vem de décadas.

Quis fazer parecer que “herdou” a situação da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Curiosa, para dizer o mínimo, a declaração do chefe do Executivo. Por dois motivos: primeiro porque a campanha eleitoral terminou há menos de dois meses. Nesse período, o tema foi trazido à tona nos debates sobre a gestão fiscal do Estado. Roseana era candidata e, em nenhum momento, Dino sequer tocou no assunto.

Segundo, porque, durante a mesma campanha eleitoral, o cenário apresentado pelo comunista era dos mais promissores. Com uma gestão eficiente, dizia ele, e com o cenário nacional melhorando, a tendência seria de recuperação da economia local, por extensão.

Mas, passadas as eleições, a realidade veio à tona. E ao governador, como sempre, resta culpar os outros por sua falhas administrativas.

Fusão

O PPL e o PCdoB devem mesmo se fundir num movimento para superar a cláusula de desempenho, dispositivo inserido na eleição deste ano para restringir o acesso de partidos a estrutura mínima.

Pela regra, um partido que não alcançou 1,5% de votos válidos ou que não elegeu deputados federais em pelo menos nove estados perde direito ao fundo partidário, a tempo de TV e participação em comissões na Câmara Federal.

A articulação dos dois partidos prevê o fim do PPL, que seria formalmente integrado à estrutura do Partido Comunista.

Prefeito? I

Recém-indicado membro da comissão de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o médico Allan Garcês já almeja voos maiores.

Candidato a deputado federal em 2018 - quando obteve pouco mais de 20 mil votos - ele já pensa numa possível candidatura a prefeito de São Luís, em 2020.

Para isso, o médico aposta na proximidade com Bolsonaro e na liderança que tem, no Maranhão, entre os apoiadores do ex-capitão do Exército Brasileiro.

Prefeito? II

Quem também parece ter sido picado pela mosca azul é o vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), atual secretário de Articulação Política de São Luís.

O pedetista acredita que está cacifado depois da sua passagem pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento de São Luís (Semapa).

Por lá, esteve à frente do projeto “Feirinha São Luís”, que recentemente rendeu ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) uma premiação do Sebrae como prefeito empreendedor.

Fim da força

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou à coluna o fim do contrato da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) para execução do programa Força Estadual de Saúde.

De acordo com uma nota oficial emitida no fim da semana passada, o contrato foi encerrado no dia 1º de novembro.

A pasta, no entanto, garante que em 2019 o programa será retomado e ampliado para atender mais municípios. Ficaremos de olho.

“Jeitinho”

A Prefeitura de Cajari, pelo visto, deu um “jeitinho” de manter a programação do aniversário da cidade com o show da banda Aviões do Forró.

Depois de a Justiça vetar, a pedido do Ministério Público, que recursos do Município fossem usados para bancar a atração - de mais de R$ 300 mil -, empresários se reuniram e anunciaram que pagariam a festa.

Com essa decisão, a desembargadora Angela Salazar, do Tribunal de Justiça do Maranhão, permitiu a realização da festividade. Mas mandou que os órgãos de fiscalização fiquem atentos ao pagamento.

De olho

R$ 321,3 milhões foi quanto o governo Flávio Dino já arrecadou em 2018 só com a cobrança de IPVA, segundo dados da Sefaz.

Portaria

O deputado federal Hildo Rocha protocolou na mesa diretora da Câmara proposta com a finalidade de anular os efeitos da Portaria Interministerial 424, do Ministério do Planejamento.

De acordo com o parlamentar, a portaria extrapola competências do Poder Executivo.

- Essa portaria instituiu normas que só poderiam ser adotadas por força de lei. O Executivo não pode criar leis. Além disso, o documento coloca todos os gestores municipais como se ladrões fossem, porque institui exigências que inviabilizam a formalização de convênios -, argumentou Hildo Rocha.

E mais

A Famem lamentou o assassinato do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva, ocorrido no fim de semana, na Região de Tocantina.

Ainda não há informações oficiais sobre a motivação para o crime, que chocou a região; o prefeito foi encontrado morto próximo a uma fazenda.

Deve seguir, nesta semana, a pressão dos deputados de oposição por explicações do governo Flávio Dino (PCdoB) a respeito do Orçamento 2019.

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