Caso Khashoggi

Príncipe saudita disse a Trump que Khashoggi era islamita perigoso

De acordo com o jornal, que cita fontes que sabiam da ligação, esta aconteceu depois do desaparecimento do jornalista no dia 2 de outubro; sauditas negam

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

WASHINGTON - O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o jornalista Jamal Khashoggi era um "islamita perigoso", dias depois do seu desaparecimento.

No telefonema entre Trump e o príncipe também participaram o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, e o genro de Trump, Jared Kushner, segundo informou nesta sexta-feira (2) "The Washington Post".

De acordo com o jornal, que cita fontes que sabiam da ligação, esta aconteceu depois do desaparecimento do jornalista no dia 2 de outubro e antes que a Arábia Saudita reconhecesse seu assassinato no dia 20.

Nela, o príncipe Mohammed tenta justificar a seus interlocutores que Khashoggi pertencia aos Irmãos Muçulmanos e pediu a Kushner e a Bolton que Washington mantivesse sua forte aliança com Riad.

Um funcionário saudita negou a "The Washington Post" que o príncipe saudita tenha feito estes comentários.

A família do jornalista, por sua vez, os rejeitou em comunicado: "Jamal Khashoggi não pertencia aos Irmãos Muçulmanos. Ele negou estas acusações repetidamente ao longo dos últimos anos".

"Jamal Khashoggi não era de nenhuma maneira uma pessoa perigosa. Afirmar o contrário seria ridículo", acrescentou o comunicado da família.

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