Reunião

Presidente eleito se reúne com Temer na próxima quarta-feira

Jair Bolsonaro vai cumprir agenda com o presidente Michel Temer às 16h na quarta-feira; tema da reunião será a transição, que já está sendo organizada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Temer terá encontro com Bolsonaro para tratar sobre transição
Temer terá encontro com Bolsonaro para tratar sobre transição (Michel Temer durante cerimônia de abertura, ontem, da APAS Show 2018)

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O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), escolhido por Jair Bolsonaro para ser ministro da Casa Civil de seu governo, disse nesta sexta-feira (2) que o presidente eleito vai se reunir com Michel Temer em Brasília na próxima quarta-feira (7).
Ele passou a informação da agenda de Bolsonaro para jornalistas na frente da casa do novo presidente, na Barra da Tijuca (RJ). Onyx teve uma reunião de mais de duas horas com Bolsonaro.
"Na terça, ele vai para Brasília, se avista com os poderes. Na quarta, vai encontrar às 16h com o presidente Temer. E retorna na quinta", disse Onyx.
O deputado e o presidente eleito têm passado os últimos dias definindo nomes que comporão o próximo governo e a equipe de transição, que vai começar a funcionar em Brasília a partir da próxima semana. Ele já havia dito que Bolsonaro viajaria para a capital federal e se encontraria com Temer, mas a data ainda não estava definida.
Questionado sobre a reunião desta sexta com o presidente eleito, Onyx não quis dar detalhes. "Neste momento de transição, é hora de falar menos e trabalhar muito", afirmou.
Logo depois que Onyx saiu, Bolsonaro também deixou a casa, com escolta policial. Ele acenou para apoiadores que ficam em frente o condomínio onde mora o presidente eleito. A assessoria de Bolsonaro não informou para onde ele foi.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a "carta branca" concedida ao juiz Sérgio Moro no comando do futuro Ministério da Justiça e Segurança Pública não será uma exclusividade do magistrado. Em entrevista à RedeVida de Televisão, transmitida na noite de quinta-feira, (1º), Bolsonaro disse que todos os outros ministros terão liberdade para montar suas equipes e pautar demandas. "O que estou cobrando é produtividade", respondeu sobre a extensão da "carta branca" aos outros ministros.
Entretanto, ponderou que apesar da "carta branca", as decisões tomadas por todos os ministros, passarão primeiro por sua avaliação, antes de serem comunicadas para a imprensa e para o Congresso. "Foi assim que coloquei para o Paulo Guedes, quando falei que não entendia de economia. Não preciso ser médico para nomear ministro da Saúde. O que queremos é inflação baixa, taxa de câmbio controlada, não aumentar dívida interna, não aumentar carga tributária. Ele (Paulo Guedes) é renomado dentro e fora do Brasil. Temos que acreditar nele. Não temos outra alternativa. Como está o Brasil, a tendência é quebrar é transformar-se numa Grécia. Essa carta branca ele tem", acrescentou.

Pautas
A sua orientação para os líderes das pastas é de que todos, sem exceção, não manifestem opinião além de sua área, sem antes conversarem com o responsável pelo departamento. O presidente eleito considera a medida uma forma de evitar oportunidades de críticas da oposição e controlar o alinhamento estratégico no governo. Sobre a nomeação das outras pastas, Bolsonaro disse que também está ouvindo indicação de parlamentares. "Não tenho pressa para essa definições. Não podemos correr, porque o que está em jogo é a minha credibilidade. Talvez na próxima semana anuncie mais um", limitou-se a responder.
Bolsonaro espera ainda aprovar logo no início do mandato o que chama de "pacotão" de medidas, sem grandes percalços de apoio. "Teremos oposição de esquerda que fará oposição pela oposição, foi assim que sempre fizeram", argumentou. Antes de assumir o mandato, em 1º de janeiro de 2019, a sua equipe tentará evitar a votação de pautas bombas no Congresso e seguir o andamento da apreciação de temas importantes, como a reforma da Previdência. "Vamos analisar o último texto da reforma e ver o que pode ser tirado ou brigado para votar. Alguma coisa tem de ser aprovada”, disse.

Equipe de transição tem 24 membros

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O deputado federal Onyx Lorenzoni, que será o futuro chefe da Casa Civil do governo de Bolsonaro, disse também que se dedicou ao feriado trabalhando. Segundo ele, o presidente eleito Jair Bolsonaro assinou nesta sexta-feira (2) a nomeação de 24 pessoas que trabalharão na transição, que começa terça-feira (6). Pela lei, o eleito pode nomear até 50 pessoas, mas ele não quis antecipar os nomes dos já escolhidos.
"Na segunda-feira, vocês vão ver no diário oficial", disse, com uma pasta debaixo do braço onde, segundo ele, estava a lista com os primeiros indicados.
Até agora, Lorenzoni foi o único assessor próximo do futuro presidente a encontrar com representantes do atual governo. Ele esteve com o atual titular da Casa Civil, Eliseu Padilha, para combinar a transição.
A equipe de Bolsonaro ficará sediada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O local já funcionou inclusive como sede do governo, durante o mandato do ex-presidente Lula, quando o Palácio do Planalto estava em obras.

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